Delegado vai a Recife solicitar laudo parcial de acidente com helicóptero

07/10/2015 12:21 - Polícia
Por Vanessa Siqueira
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O delegado Manoel Acácio Júnior confirmou nesta quarta-feira (07) que irá junto com uma equipe da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) até Recife solicitar ao Serviço Regional de Investigação  Prevenção de Acidentes Aéreos II (Seripa) informações e um laudo parcial sobre a queda do helicóptero da Secretaria de Segurança Pública em Maceió. O inquérito instaurado pela Polícia Civil sob seu comando poderá ser prorrogado devido a complexidade do caso.

Designado pelo Delegado-geral da Polícia Civil para investigar o caso, o delegado tem até o próximo dia 23 para fechar o inquérito. Porém ele não descartou que as investigações necessitem ser prorrogadas.

A Seripa II terá um prazo de um ano para concluir as investigações, mas o delegado vai a Recife para conversar com alguns técnicos e colher informações que contribuam para a investigação realizada em paralelo pela Polícia Civil.

“Vamos fazer algumas perguntas, solicitar um laudo parcial, já que não posso concluir em um ano [as investigações]. O caso é complexo e uma prova técnica é fundamental para a investigação”, disse.

Testemunhas oculares, pessoas que moram próximo ao local do acidente, o mecânico responsável pela manutenção da aeronave e até o comandante do Grupamento Aéreo de Alagoas já foram ouvidos no inquérito. Também foram ouvidos, segundo o delegado, pilotos que estariam na escala no dia do acidente. Porém outras pessoas serão ouvidas para tentar elucidar o caso.

“Vamos avaliar se iremos convocar os familiares das vítimas para depor por conta do estado emocional, mas se for preciso iremos colher estes depoimentos”, completou.

O caso

O helicóptero caiu, por volta das 10 horas da manhã. Um dos moradores relatou que viu o momento em que o helicóptero caiu no solo e incendiou. Ele relatou ainda ter visto uma das vítimas com o corpo em chamas tentando se salvar. Outras pessoas relataram à reportagem que viram quando o co-piloto da aeronave tentou sair para pedir socorro, mas ele acabou tendo o corpo tomado pelas chamas e, assim como os demais colegas, morreu carbonizado.

O helicóptero possuía aproximadamente 14 anos de uso e não tinha sistema de gravação de cabine (Caixa Preta).

Morreram no acidente o Major Milton Carnaúba, o capitão Mário Henrique Assunção, e os soldados Marcos de Moura Pereira e Diogo de Melo. 

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