A Polícia Civil apresentou, em entrevista coletiva ocorrida nesta segunda-feira, 05, um homem acusado de matar a esposa no Rio Grande do Norte e aplicar golpes em vários estados, inclusive em Alagoas.

A operação realizada no bairro do Clima Bom, resultou na prisão de Crévio Gentil Bezerril Sobrinho, de 45 anos. A assessoria da PC revelou que “segundo as investigações, o acusado matou a tiros a esposa de nome Silvana, em 2002, na cidade de Natal (RN), e depois levou o corpo na mala de um carro, envolto em lençóis, até a cidade de Touros, no mesmo estado, onde enterrou o cadáver”.

“Por esse crime, ele foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão”, adiantou o delegado, mas nunca cumpriu a pena. Crévio fugiu e passou por mais três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, antes de vir se esconder em Alagoas. Em Minas, ele usava o nome de Carlos Magno Oliveira.

O delegado Vinicius Ferrrari, titular da Seção Antissequestro que esteve no comando da operação, disse que Crévio Gentil ainda tentou fugir do cerco policial, realizado por agentes da Deic e grupo Tático Integrado de Grupamentos de Resgates Especial (Tigre).

As investigações se iniciaram a partir da denúncia de um tabelião de São Paulo, Ronaldo Ruy Rodrigues Reis, que se sentia incomodado por uma série de denúncias de que estaria aplicando golpes no Nordeste.

O trabalho policial acabou descobrindo que era Crévio Gentil quem usava o nome do tabelião para aplicar os golpes, entre eles, a tomada de empréstimos, emissão de cheques sem fundos e uso de contas de telefone pós-pagas que nunca eram saldadas.

Em Maceió, ele também estava aplicando golpes na venda de segurança eletrônica. De acordo com a investigação, o acusado pegava metade do pagamento antes do serviço ser implantado e sumia. A polícia descobriu que, na capital alagoana, Crévio trabalhava como segurança em uma loja no Centro e cobrava diária de R$ 150 pela atividade.

Para isso, o estelionatário se identificava como sargento PM Reis. Em Maceió, também usava outros nomes como Rodrigo Reis e Rodrigues, além o do tabelião Ronaldo, para aplicar os golpes.

A partir da denúncia feita pelo tabelião, segundo a polícia, Crévio começou a ser intimado, sem ter o nome verdadeiro conhecido. A descoberta da identidade aconteceu pela ex-namorada dele, que o denunciou. A partir daí, uma estratégia de inteligência foi montada para capturá-lo. Ele estava vivendo em uma residência no bairro de Santa Lúcia, em Maceió, e, com ele, foi apreendida uma arma de fogo.

Na capital alagoana, ele chegou a ser preso pela Lei Maria da Penha e embriaguês ao volante. O acusado deverá ser levado para o estado do Rio Grande do Norte, onde é condenado por homicídio. 

*Com PC/AL