A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), inicia na próxima segunda-feira (28), mais uma campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV).  A campanha prossegue até o dia 10 de novembro em escolas públicas e privadas, postos volantes que serão instalados nos principais shoppings e supermercados da capital e nas unidades de saúde do município.

Nesta etapa, a campanha prioriza as meninas de 09 a 11 anos, que já receberam a primeira dose da vacina, em março passado, quando o município conseguiu uma cobertura de 58,48% do público-alvo.  No entanto, as estudantes na faixa etária de 09 a 13 anos que ainda não foram imunizadas ou estão com a imunização atrasada podem receber a vacina. Também podem atualizar o cartão de vacinas as estudantes com 14 anos que tomaram a primeira dose da vacina no ano passado.

Segundo a coordenadora do PNI, Eunice Raquel Amorim, a vacina previne infecções dos tipos virais e consequentemente o câncer de colo de útero, reduzindo a carga da doença. “A vacina contra o HPV é indicada para pessoas que nunca tiveram contato com a doença, sendo destinada exclusivamente à utilização preventiva, não tendo efeito nas infecções pré-existentes”, explica.

Embora a alta incidência, o câncer de colo de útero apresenta forte potencial de prevenção e cura quando diagnosticados precocemente, por meio de consultas e realização de exames periódicos, como o Papanicolau. A vacina é quadrivalente, pois previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18 (presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero) e o 6 e 11 (presentes em 90% dos casos de verrugas genitais).

A doença

O HPV é um condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV – alguns deles podendo causar câncer.

O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual impede a transmissão do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Na presença de qualquer sinal ou sintoma do HPV, é recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.