O julgamento do cabo Luiz Pedro, que teve início da manhã desta quarta-feira (23), no Fórum Jairo Maia Fernandes, no Barro Duro, terá continuidade nesta quinta-feira (23). Ele foi suspenso após o advogado do acusado ser o autor intelectual do crime, que vitimou o pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, passar mal. De acordo com o Ministério Público, José Fragoso teve uma crise hipertensiva.
Amanhã, haverá debates entre o MPE e advogados do cabo, sendo uma hora e meia para cada lado. Em seguida, duas horas para réplica e tréplica.
O MP sustenta a tese de homicídio duplamente qualificado. O pai da vítima, Sebastião Pereira, pede que o ex-parlamentar aponte o local dos restos mortais do filho.
“Eles sabem onde estão os restos mortais do meu filho. Essa condenação não me conforta, porque meu filho não voltará e não pude enterrá-lo”, disse o pai da vítima.
As primeiras testemunhas arroladas pela acusação, que foram ouvidas esta tarde, reforçaram a participação de Luiz Pedro no crime que vitimou o servente de pedreiro. Depois da esposa da vítima, foi à vez de um vizinho confirmar o envolvimento do parlamentar no crime e que também foi ameaçado de morte.
Josenildo Vieira dos Santos morava no mesmo local da vítima e reafirmou, perante ao juiz John Silas, que uma pessoa ligada ao ex-vereador e deputado, Luiz Pedro, teria lhe procurado e pedido que avisasse à vítima, que ele seria a próxima vítima.
Após ter passado o recado para Carlos Roberto, que viria a ser morto, Josenildo também foi ameaçado de morte. Desde então, foi inserido no programa de proteção á testemunha.
Ao todo, o Ministério Público Estadual arrolou seis testemunhas de acusação, enquanto a defesa vai apresentar quatro.
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*colaborador