Os pacientes que procuraram o Posto de Atendimento Médico do Salgadinho (PAM Salgadinho), localizado no bairro do Poço, passaram por uma triagem para o atendimento diante a possibilidade de paralisação geral dos servidores lotados na unidade. Na manhã desta terça-feira (22), as portas da unidade foram fechadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev-AL).

De acordo com um representante do Sindprev, o atendimento aos pacientes ocorrerá de forma parcial dando prioridade aos pacientes crônicos, aos que vieram do interior e aos que necessitam de atendimento médico com urgência. A previsão era de que o atendimento fosse estabelecido às 8h da manhã, mas alguns minutos antes a população conseguiu entrar no posto.

O Sindprev alega que a situação das condições de trabalho no PAM Salgadinho chegou a um ponto não tolerado. “Nós servidores do PAM Salgadinho resolvemos paralisar as atividades por absoluta falta de diálogo com os gestores da Saúde em Maceió. Apesar das nossas iniciativas durante esses vários meses, nada foi feito no sentido de resolver os graves problemas estruturais que tem esta Unidade de Saúde”, afirmou o Sindprev.

Essa é segunda paralisação dos funcionários do PAM por melhorias na unidade. Segundo o Sindprev, todos os setores existentes na unidade apresentam problema, o que comprometeu até o funcionamento de alguns.  

“A estrutura do prédio é preocupante. As condições de trabalho são caóticas. Enfim, chegamos praticamente ao fundo do poço em relação ao atendimento no PAM Salgadinho. Queremos trabalhar, mas não estão nos dando as condições mínimas para isso. Diante disso, estamos dispostos a só retornar as atividades quando os problemas forem resolvidos, inclusive com a participação do Ministério Público Estadual, com um programa completo de recuperação da Unidade”, completou o sindicato.

A paralisação geral será decida em uma assembleia geral realizada ainda hoje, no Sindicato dos Bancários. Além dos servidores, os médicos do PAM Salgadinho estão em greve há mais de 50 dias.

 A decisão ocorreu após as denúncias apresentadas pelo Sindicado dos Médicos de Alagoas (Sinmed) sobre a precariedade na infraestrutura da unidade de saúde. Como a categoria precisa cumprir 30% dos serviços, os pacientes estão sendo orientados por funcionários da unidade a continuarem indo ao PAM Salgadinho.

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Muitos pacientes que aguardavam na porta da unidade atendimento desde a madrugada foram surpreendidos com a paralisação.