O Ministério da Justiça informou que nesta sexta-feira (31) apresentou resultados a Polícia Federal acerca da perícia realizada no caso da morte do policial rodoviário federal Luiz de Gonzaga Pereira dos Santos, que aconteceu no dia 10 de maio de 2015, durante seu trabalho.

Entre as conclusões encontradas, o laudo é categórico ao afirmar que não houve transfixação do colete usado pelo PRF Luiz por nenhum dos dois disparos que atingiram o equipamento no momento do confronto.

A Polícia Federal diz que 10 profissionais participaram dos trabalhos de investigação. Ao todo, nove laudos foram confeccionados, entre eles o do local do crime, da dinâmica da cena, das armas usadas, dos projéteis encontrados, dos testes de DNA de acusado e da vítima, e o dos coletes balísticos utilizados pelos PRFs envolvidos na ocorrência.

O documento explicita que o colete possui 34 camadas. Que um dos disparos parou na primeira camada e que o segundo perfurou três. Explica, ainda, que a distância entre os pontos de impacto foi de aproximadamente 20 centímetros e que a distância dos centros de impacto para a borda mais próxima foram de 9 e 10 centímetros, aproximadamente.

Ao todo, apenas no laudo do colete balístico, foram respondidos 14 quesitos, entre eles alguns realizados pelo delegado da PF que preside o inquérito, e outros oferecidos pela fabricante do equipamento, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).

A PF deverá realizar uma segunda apresentação das conclusões dos documentos para a diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza, e para representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf).

O crime

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para atender uma colisão lateral entre um veículo não identificado e uma motocicleta, na BR 423, em Ouro Branco/AL, com duas vítimas fatais.

Enquanto sinalizavam o acidente, providenciavam a retirada dos corpos, e registravam o sinistro, os agentes da PRF também se preocupavam com os curiosos que paravam no local. A aglomeração de pessoas poderia ocasionar atropelamentos.

Jeová Rodrigues de Lima, que pilotava uma motocicleta, parou no local, desceu da moto e se aproximou dos corpos. Segundo testemunhas, o policial foi questionar sobre a presença do homem na rodovia, quando percebeu que ele estava armado. Eles entraram em luta corporal e houve troca de tiros.