O alvo da megaoperação, articulada pelas Polícias Civil e Militar, que aconteceu na noite desta quinta-feira (30), foi a Praça Guedes de Miranda, localizada no bairro do Trapiche, em Maceió. O local é bastante conhecido pela venda de produtos de origem duvidosa.

De acordo com o tenente-coronel Marcos Sampaio, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), motocicletas, celulares sem notas fiscais, dinheiro, equipamentos eletrônicos e máquinas caça-níqueis foram apreendidos.

Segundo ele, o estudo da região, realizado pelo Serviço de Inteligência, já estava sendo feito há algum tempo. “Escolhemos o horário ideal e deflagramos a ação. O nosso intuito é reduzir o número de crimes”, disse, ao Cada Minuto. O comandante do CPC reforça que outros pontos da cidade estão sendo investigados.

Os policiais também estavam realizando abordagens minuciosas em pedestres e veículos. “Nosso objetivo também é encontrar armas e drogas. Há um forte indício que a praça é um ponto de tráfico”, ressaltou o tenente-coronel Sampaio.

Num primeiro andar. a Polícia localizou duas salas, onde funcionavam jogos de azar. Cinco máquinas caça-níqueis foram apreendidas, além de cartas de baralho. De acordo com a delegada Maria Angelita, titular da Delegacia de Roubos, talões de cheques e dinheiro foram deixados no local. “A presença repentina da Segurança Pública fez com que os apostadores fugissem”. Uma câmera instalada registrava a entrada e saída dos clientes.

De acordo com a autoridade policial, Edvan Mendes Barbosa assumiu ser o dono das máquinas. “Ele será levado ao Complexo de Delegacias Especializadas (Code), e responderá em liberdade um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO)”, afirmou.

Um fato curioso deixou os participantes da operação intrigados. Motocicletas que não possuem queixas de furto ou roubo foram abandonadas. “O proprietário pode ter alguma pendência com a Justiça, por isso fugiu”, sugeriu um policial. Os veículos devem ser recolhidos ao pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Centenas de curiosos acompanharam os trabalhos. Participaram da operação policiais do Batalhão de Polícia de Rádio Patrulha (BPrp), do Batalhão de Operações de Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), além de agentes da Asfixia e delegados da Polícia Civil.

*colaborador