Nos últimos meses, a polícia alagoana registrou a entrada de novas drogas sintéticas no estado. Em uma única operação realizada este ano, foram apreendidos em um apartamento no bairro da Jatiúca, grande quantidade de ecstasy e LSD.
Em Alagoas, a avaliação da composição das drogas apreendidas é feita pelo Laboratório de Química Forense do Instituto de Criminalística (IC), que ampliou sua área de atuação com novos equipamentos e peritos especializados para confirmar, por meio de exames técnicos, a composição dos entorpecentes fabricados em laboratórios clandestinos.
Segundo o perito Ken Ichi Namba, que é farmacêutico, o Laboratório de Química Forense do IC já atuava analisando drogas como maconha, cocaína e crack, mas com a ampliação do uso do cromatógrafo gasoso acoplado ao espectrômetro de massas, o setor avançou nas pesquisas e exames das novas drogas.
“Havia uma grande demanda reprimida de drogas não analisadas, que não estava sendo feita por falta de equipamentos e mão de obra qualificada. Com a nova estrutura montada estamos realizando os exames e dando baixa nas solicitações existentes. Além desse equipamento, o IC conta com mais dois outros cromatógrafos ainda não instalados, que aguardam o reinício das obras do laboratório e a nomeação de mais peritos especializados", afirmou Ken Ichi.
O farmacêutico explicou que o exame pericial é feito em várias etapas dentro do laboratório. Inicialmente a equipe recebe uma pequena amostra do material apreendido, um extrato é retirado e colocado em um recipiente chamado ‘vial’. Por meio de um braço robótico, a amostra é injetada automaticamente no equipamento, que separa uma a uma as substâncias e as identifica no espectrômetro de massa.
“Após essa etapa instrumental, entra a experiência do perito, que começa o trabalho de comparação com o banco de dados do equipamento, onde se examina cada substância separadamente e por meio de conhecimentos teóricos, analisa-se a probabilidade de resultado positivo ou negativo para determinado tipo de droga", explicou o especialista em análises.
Ao fim de cada exame, o laboratório emite um laudo e o encaminha para o órgão solicitante, que em posse da prova técnica pode indiciar ou não o suspeito com quem a droga foi encontrada.










