A delegacia responsável pela investigação do caso, que vitimou o agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, de 33 anos, recebeu o laudo da reprodução. De acordo com a perícia oficial, o parecer está com novidades acerca do fato, que ganhou destaque na mídia alagoana. Apesar dos novos elementos apresentados, o parecer não concluiu se a vítima reagiu à abordagem.

A primeira dúvida  é que todos os participantes afirmaram que durante a ação do Bope, o policial que abordava Joab verbalizou e repetiu diversas vezes os comandos de identificação da polícia e para ele colocar as mãos na cabeça e se levantar. Mas que o agente penitenciário não respondeu e nem colaborou com a abordagem.

Outra conclusão do laudo é que além dos policiais, somente uma testemunha afirmou durante a simulação ter visualizado o momento em que Joab foi atingido. Uma delas, inclusive, que em seu depoimento na delegacia havia afirmado ter visto, voltou atrás, depois que os peritos comprovaram que ela não teria viabilidade técnica para visualizar a ação, já que a mesma estava com o campo de visão obstruído por barreiras físicas, as quais impossibilitavam a visualização direta do salão.

Os peritos ainda afirmaram que as únicas versões apresentadas na reprodução que não demonstraram contradições com os depoimentos foram às versões da gerente do bar e dos policiais da guarnição. E eles concluem o documento dizendo que diante da ausência de elementos técnicos não foi possível afirmar se no momento da abordagem, Joab estava ou não com os braços levantados e se ele estava realmente  com a arma na mão, como afirmam os integrantes do Bope.

Os peritos chegaram às conclusões com base em depoimentos e em acareações que foram realizadas.