O militar do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) acusado de atirar contra o agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, 29 anos, dentro de um bar foi indiciado por homicídio doloso. A conclusão do inquérito policial, que era conduzido pela Força Nacional, foi finalizada na semana passada.
No início de junho, a Força Nacional solicitou a reconstituição do crime para esclarecer dúvidas que surgiram durante a investigação. Testemunhas do crime confirmaram durante depoimento de que o agente não teria esbouçado nenhum tipo reação.
A abordagem no bar, onde Joab bebia junto com amigos, foi motivada por uma denúncia de que homens armadas estaria ameaçando os clientes. O diretor financeiro do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas ( Sindapen), Victor Leite, disse que a entidade trabalhada junto com setor jurídico para garantir o andamento do processo na Justiça.
“Nós vamos pedir que o nosso advogado atue como assistente de acusação junto com o Ministério Público para assegurar que esse processo não fique parado durante tanto tempo. A conclusão do inquérito reforçou o que nós já sabíamos, mas era preciso esclarecer todas as dúvidas”, colocou Leite.
Ao comentar a abordagem do Bope, Leite afirmou que um erro grosseiro da guarnição que atendeu a ocorrência no bar e o que trabalho da Força Nacional possibilitou uma investigação imparcial.
O caso
O agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, 29 anos, foi baleado na noite do dia 13 de maior durante uma abordagem de Policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).
A vítima foi atingida com um tiro de pistola .40 no abdômen, passou por procedimento cirúrgico ainda na noite de ontem, mas o seu estado de saúde era considerado gravíssimo, já que havia perdido muito sangue. Após a cirurgia, Joab foi encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passava por recuperação, no entanto não resistiu.
Joab estava na companhia do colega Josiel Dias da Silva, 39 anos, que também é agente penitenciário. Dias foi preso por porte ilegal de arma de fogo e encaminhado para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Mangabeiras, onde prestou depoimento.










