Policiais à paisana armados foram colocados dentro de linhas de ônibus específicas como uma medida de combater e enfrentar possíveis ataques aos coletivos na capital. A determinação foi do secretário de Defesa Social, Alfredo Gaspar de Mendonça, após os casos de incêndios e depredação de ônibus registrados nos bairros do Bom Parto, Benedito Bentes e Jacintinho.

A medida começou a vigorar ontem, mas somente foi anunciada durante uma coletiva de imprensa, neste sábado (20) pelo secretário. Apesar do incêndio registrado na noite de ontem no bairro do Benedito Bentes, Alfredo Gaspar afirmou que situação não saiu do controle e que o Estado vem trabalhando para repelir a ação de criminosos.

“Não vai sair do controle do Estado porque o Estado é maior e mais forte. Vamos combater essa criminalidade rasteira”, frisou o secretário. Para ele, o maior prejudicado com a situação tem sido a população que necessita do transporte público em Maceió, como os moradores da própria comunidade onde os acusados de atearem fogo residem.

O secretário colocou que o “bandido” que deu a ordem de incendiar os ônibus não conhece a realidade do povo ao qual faz parte. “Eles estão trabalhando contra eles próprios. Falta inteligência nesses criminosos que determina esses ataques em saber que está penalizando o povo pobre”, emendou ele.

Já a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que está em Alagoas para acompanhar o monitoramento das ações do plano Brasil mais seguro, disse que a população não deve ficar temerosa com a presença da polícia dentro dos ônibus, pensando em possíveis confrontos, mas que a população tem que sentir segura com a medida. 

Bloqueadores de celulares nos presídios

Ao ser abordado sobre a troca de informações de dentro dos presídios para grupos existentes nas comunidades, o secretário colocou que é uma preocupação desde o início de sua gestão em instalar bloqueadores de celulares nas imediações dos presídios alagoanos, mas que nesse momento o estado não possui verba necessária para implantar o projeto.   

Alfredo Gaspar detalhou que os aparelhos celulares chegam de todas as formas dentro das unidades e que encontrar uma “fórmula” para coibir esse tipo de atividade ilícita seria o ideal, mas que isso não é simples como se pensa.

Das propostas recebidas das empresas responsáveis pelo serviço de bloqueadores a menor valor foi de R$ 60 mil mensal para manutenção do sistema, além da instalação.  “Entre comprar remédio para a população e instalar bloqueadores de celulares, o governo preferiu comprar remédio. Infelizmente o estado não tem condições de arcar com esses custos nesse momento”, afirmou Gaspar.