Uma ação de retaliação pode estar sendo planejada por grupos ligados aos traficantes identificados como os mandantes dos ataques a ônibus em Maceió nesses últimos dias. Em entrevista coletiva, a Secretaria de Defesa Social e Ressocialização (Sedres) confirmou que teve conhecimento de ameaças de novos ataques para esta sexta-feira (19).
Apesar dessas informações, o comandante da Polícia Militar, coronel Lima Junior, afirmou que qualquer ação terá resposta imediata da polícia, que trabalha ostensividade no combate à criminalidade, principalmente com abordagens em ônibus.
Dos últimos ataques, a polícia prendeu mais de 30 pessoas envolvidas, entre elas o traficante Ivanildo da Rocha Barros, conhecido como Aranha. Segundo a Sedres, ele passava instruções para o grupo sobre os ataques durante as visitas no presídio de Segurança Máxima no Agreste. A Secretaria estuda a transferência desses traficantes para presídios federais em outros estados.
A mobilização das mulheres de presos foi orquestrada pelo mesmo grupo criminoso para desviar a atenção da polícia para a parte alta da cidade. Os incêndios ao ônibus ocorreram simultaneamente ao protesto. Assim como os vídeos que circulam nas redes sociais.
Ao tratar sobre redes sociais, o coronel Lima Junior afirmou que é preciso ter muito cuidado com as informações divulgadas para não causar pânico. “Nós esperamos que nada aconteça, mas se acontecer terá uma resposta imediata”, acrescentou o comandante da PM.
Marcos Sampaio, do Comando de Policiamento da Capital, disse que acredita que essas retaliações dos criminosos se devem ao forte combate à violência e tráfico de drogas.
Denúncias de irregularidades no Sistema Prisional
O estopim para os ataques seria as condições dos presídios alagoanos e também as consequências vindas com a paralisação dos agentes penitenciários. Ainda na coletiva, o superintendente adjunto do Sistema Prisonal, Major Marcos Henrique, negou que os reeducandos estivessem sendo envenenados nas unidades através da alimentação.
Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra presos recolhidos no Presídio Casa de Custódia passando mal dentro das celas sem receber atendimento médico. Nas imagens, gravada pelos próprios presos, eles dizem que não condições humanas ficar dentro das unidades com a qualidade da comida que é servida.
Sobre as denúncias de irregularidades, Marcos Henrique disse que os fatos serão apuradas. “Não havia nada para matar preso. Isso acontece para justificar essas ações criminosas”, pontuou ele, acrescentando que 14 reeducandos foram colocados no isolamento por participarem das ações.










