Lembrando o protesto dos estudantes ocorrido na Avenida Fernandes Lima, no final de fevereiro deste ano, onde a ação da Polícia Militar foi considerada truculenta, o comandante do Policiamento da Capital, tenente-coronel Marcos Sampaio, iniciou a entrevista coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira, 19, destacando a pacificidade da operação de reintegração de posse da Favela do Jaraguá, que começou na quarta-feira.
“Não houve nenhuma prisão, agressão ou disparo de munição química ou outra arma de baixa letalidade. A orientação do governador, do secretário de Defesa Social e do Comando da Polícia Militar foi que a força não deveria ser empregada”, afirmou, ressaltando que o emprego de força só deve ocorrer em casos de extrema necessidade.
O comandante disse que 144 policiais militares participaram da operação dando suporte a Justiça Federal e a Polícia Federal e que não foi necessária a ação de guarnições especiais, como o Bope e a Cavalaria. Segundo ele, Inicialmente houve apenas uma pequena resistência do grupo “Abrace a Vila”.
"A ação, planejada desde sexta-feira passada visando o cumprimento da decisão judicial da forma menos traumática possível, foi considerada positiva", afirmou, destacando a importância do Centro de Gerenciamento de Crises e de órgãos como conselhos tutelares e secretarias municipais no trabalho.
Sobre o grupo que ocupou um galpão pertencente à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) durante a desocupação da favela, o tenente-coronel explicou que a negociação durou das 11h da manhã às 20 horas, mas a saída das pessoas do local também ocorreu pacificamente.
Ao final da entrevista, Marcos Sampaio disse acreditar que a retirada da favela deve favorecer a diminuição do tráfico de drogas na região. A previsão é que a operação termine nesta sexta-feira.










