O vereador Aldo Cesar Araújo Arcanjo, conhecido como “Cesar da Tia Lenir”, do município de Maragogi, está sendo acusado de agredir a professora Nelma Maria Acioli, que leciona na Escola Municipal Doutor Edvaldo Melo Sena, no Povoado São Bento, na cidade.

Ela narra que a agressão ocorreu por volta das 20h, no Dia das Mães, num bar. A cena teria sido presenciada por amigos e familiares.

A vítima diz que estava comemorando a data quando o vereador lhe questionou se ela havia aderido à greve dos professores. “Eu respondi a ele que não e que aceitei o acordo com a Prefeitura, de receber uma parcela do retroativo referente ao ano passado, de 13%”.

Nelma Maria frisa que a partir daí começaram os insultos. “Ele não hesitou em me xingar com os piores palavrões possíveis. Me chamou diversas vezes de esmole, por aceitar o acordo. Outras palavras terríveis que não correspondem com a minha personalidade foram mencionadas. Além disso, me agrediu com um tapa nas costas na presença da minha filha, que é uma criança”, relembra. “Não entendo o motivo para o ato, uma vez que ele está do lado da situação”, ressalta.

A professora é enfática ao afirmar que o político é pela quarta vez denunciado, pelo mesmo crime. “Quando faz a ingestão de bebida alcoólica ele fica valente. Todo mundo fica receoso ao vê-lo”.  Nelma Maria Acioli o denunciou no 92º Distrito Policial, que tem como titular o delegado Aylton Soares Prazes. Segundo ela, o Ministério Público Estadual já está ciente do caso.

O Cada Minuto teve acesso ao Boletim de Ocorrência que foi confeccionado. As testemunhas confirmaram a denuncia da vítima, que ainda se encontra abalada.  

O vereador denunciado, em seus esclarecimentos, contestou a versão apresentada pela profissional da educação.  Segundo o boletim, ele chegou ao Boteco do Neguinho, na companhia de seu amigo Alexandre, e os insultos começaram. “Nelma Maria começou a denigrir a minha imagem, me chamar de vereador safado, ladrão e que teria perdido um imóvel para um agiota. Apenas retruquei lhe ofendendo”.

A reportagem tentou contato com a delegacia de Maragogi, com o objetivo de saber como anda o inquérito, mas não obteve êxito.