A declaração do governador Renan Filho sobre a morte do agente penitenciário, Joab do Nascimento de Araújo Junior, após uma abordagem do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) não foi bem recebida pela categoria. A direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) classificou a declaração do governador como irresponsável, lembrou que os servidores tem porte de arma e que aguardam a conclusão da investigação para que tudo seja esclarecido.
O diretor do sindicato, Vitor Leite, fez duras críticas ao governador e a atuação do BOPE na ocasião. “A declaração do governador foi irresponsável, porque ele como líder do executivo, deveria sim nomear um delegado especial para apurar o caso e depois da conclusão, fazer qualquer tipo de afirmação”, disparou.
As críticas se referem ao posicionamento do governador sobre a abordagem do BOPE diante do agente penitenciário, que foi baleado em um prostíbulo e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE).
Diante da situação, o sindicalista ainda lembrou que os agentes penitenciários tem autorização para andarem armados, baseado na Lei 12.996/2014. No entanto, lembrou que certo ou errado, não merecia morrer.
“A pena para o agente por estar armado naquele local, não deveria ser a pena de morte. Testemunhas afirmam que ele não reagiu a abordagem. Mas isso só vai ser provado após os depoimentos”, completou.
O CASO
Joab estava na companhia do colega Josiel Dias da Silva, 39 anos, que também é agente penitenciário. Segundo as informações repassadas pela Polícia Militar, a vítima teria reagido à abordagem dos policiais do Bope realizada após uma denúncia de que homens armados teria ameaçado uma mulher dentro de um bar no Centro.
A vítima foi atingida com um tiro de pistola .40 no abdômen, passou por procedimento cirúrgico ainda na noite de ontem, mas o seu estado de saúde era considerado gravíssimo, já que havia perdido muito sangue. Após a cirurgia, Joab foi encaminhado para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passava por recuperação, no entanto não resistiu.
*Colaborador
