A droga apreendida – 147 quilos de maconha - em uma operação das Policiais Civil e Militar seria para reabastecer o comércio de entorpecentes no bairro do Benedito Bentes, na parte alta de Maceió. Nesta terça-feira (21), agentes da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico e militares do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) cumpriram diversos mandados de busca e apreensão e prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital no combate ao tráfico de drogas em Maceió.

A Polícia chegou à organização criminosa após uma denúncia anônima, que resultou em um trabalho de investigação durante quatro meses. Em entrevista coletiva, o delegado Cícero Lima detalhou que a polícia vinha monitorando o transporte dessa droga, trazida do estado de São Paulo para Maceió.

A abordagem ocorreu no município de São Sebastião em uma barreira policial. Segundo o delegado Ronilson Medeiros, a droga chegou até o estado de Sergipe sendo transportada em ônibus clandestino, local onde os envolvidos no tráfico trocaram o ônibus por um veículo Fiesta.

André Moreira de Souza, 19 anos, é natural de São Paulo e estava trazendo a droga. Ele foi preso junto com Wellington Braga Santos, 20 anos, e Mariano da Silva, 28 anos. Esses dois residem no bairro do Benedito Bentes, onde a polícia cumpriu os outros mandados de prisão. De acordo com a Sedres, a organização criminosa era comandada pelo reeducando Givaldo Vicente da Silva, conhecido como Dó, preso há mais de 01 ano por tráfico de drogas, no presídio Baldomero Cavalcante.

O irmão de Dó, Ivan Vicente da Silva, 25 anos, é apontado pela polícia como seu “braço direito” no comando do tráfico no Benedito Bentes. O último envolvido é Isaias Urbano Silva, 38 anos, também responsável pela comercialização, segundo o delegado Ronilson Medeiros.

“Laranjada”

No Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro de Mangabeiras, para onde os presos foram conduzidos, o reeducando Givaldo Vicente negou ter encomendado a droga para manter a comercialização em Maceió. Segundo ele, o seu envolvimento está sendo plantado e ainda pediu provas que fizesse alguma ligação com o material apreendido.  

“Isso daqui é uma laranjada. Não tenho envolvimento com isso e a única pessoa que conheço aqui é o meu irmão”, disse o reeducando, explicando que laranjada significa um arrumadinho para a culpa em determinada pessoa.

Além da droga, os policiais ainda apreenderam uma pistola calibre 380. De acordo com um levantamento da Polícia, cada quilo de maconha seria vendido em torno de R$ 600,00 a R$ 800,00.  Todos os presos prestaram depoimento na sede do Code.