A Polícia Civil de Alagoas através da delegacia de Ibateguara já iniciou as investigações sobre as causas da explosão que resultou em uma pessoa morta e um adolescente de 16 anos ferido, na tarde desta quarta-feira (25). O proprietário da unidade clandestina já foi identificado, mas ainda não teve o nome divulgado.

Ele deverá ser intimado para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento da fábrica e dos procedimentos utilizados para confeccionar fogos de artifício de forma ilegal. A conclusão das investigações irá apontar se ele responderá pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, ou por homicídio doloso, quando há intenção.

Na manhã de hoje o Hospital Geral do Estado (HGE) divulgou um boletim médico informando que o adolescente de 16 anos que teve mais da metade do corpo queimado durante o acidente permanece internado no Centro de Tratamento de Queimados, já que ele teve 57% do corpo atingido pelo fogo. 

O acidente aconteceu durante a tarde da quarta-feira (25) em uma fábrica localizada em um sítio da zona rural de Ibategura. Uma das vítimas que estava em estado mais grave foi socorrida pelo helicóptero dos bombeiros para União dos Palmares, mas faleceu no caminho.

Histórico de problemas

Em abril do ano passado, uma operação realizada pelo Exército em parceria com o Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL) flagrou várias irregularidades em fábricas de fogos na região, como pessoas manuseando pólvora sem proteção e locais totalmente inadequados para a fabricação e a estocagem dos explosivos. Na ocasião, todas as nove fábricas vistoriadas foram interditadas e tiveram o material apreendido pelo Exército.

Já em 2013, uma fábrica localizada em Ibateguara foi interditada pelos bombeiros. O local não possuía equipamentos de prevenção a incêndios e os fogos eram estocados de forma errada. De acordo com os bombeiros, na região ainda é comum o funcionamento de diversas fábricas de fogos clandestinas.