O assassinato do assessor do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT), Alisson Berlamino, completará seis meses e o principal acusado do crime, Eduardo Pedrosa, conhecido como "Dudu Pedrosa", continua foragido. A Polícia Civil concluiu o inquérito e o processo já avança de forma acelerada Justiça. Mas o crime que marcou o final do período eleitoral no município de União dos Palmares permanece impune.

A participação de Dudu Pedrosa no homicídio foi confirmada por diversas testemunhas. Diante do cenário de abandono no caso, a família da vítima se articula para fazer uma divulgação ampla das fotos do acusado para tentar ajudar o fornecimento de informações sobre o seu paradeiro. O irmão de Alisson, Alan Belarmino, que auxilia como assistente de acusação no processo, relatou a frustração da família com a liberdade do acusado.

“Será um caso com condenação, mas sem prisão do acusado”, lamentou o irmão da vítima.

Alan Berlamino conta que a população da cidade teme conceder alguma informação sobre o paradeiro do acusado, que é sobrinho do vice-prefeito de União dos Palmares, seu homônimo. Mas mesmo assim, poucas pessoas ainda chegaram para os parentes dizendo que viram Dudu Pedrosa em União dos Palmares.

“Às vezes algumas pessoas chegam e dizem que encontraram com ele aqui em União, mas falam que ficaram sem ação e não tiveram coragem em denunciar”, completou Berlamino.

A Polícia Civil parou de fornecer informações sobre as diligências, segundo a família. Na Justiça, o andamento do processo encontra-se bem avançado, inclusive com a realização da primeira audiência de instrução do caso, no último dia 13 de janeiro. “O promotor mesmo comentou que o caso está bem avançado. Nós sabemos que terá uma condenação, mas não sabemos que a prisão será feita”, afirmou o irmão da vítima.

“Não é fácil para ninguém da minha família, principalmente para minha mãe. A frustração de não vê-lo preso é terrível. A polícia poderia localizar ele se observasse a movimentação de dos parentes dele. A família dele tem muita influência na cidade e alguém continua protegendo ele, dando dinheiro e dando cobertura”, acrescentou Berlamino, afirmando que outros crimes de homicídios na cidade já foram solucionados após a morte do irmão, com a prisão dos acusados e somente este caso continua impune. 

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