O professor de matemática Israel da Guia Lima foi preso em flagrante acusado de participar de um esquema para fraudar a prova do concurso da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Unsical), realizada neste domingo (09), para candidatos do ensino fundamental. O certame ocorreu no dia 11 de janeiro deste ano, no entanto, as provas foram canceladas por erros no caderno de questões.
Segundo informações apuradas na Central de Flagrantes, onde o professor encontra-se detido, o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual (MPE/AL) estava monitorando a suspeita da fraude, após analisar um relatório do Serviço de Inteligência da Polícia Militar.
Israel foi autuado por falsidade ideológica ao entregar documentos aos fiscais de sala se passando pelo candidato Euzir de Albuquerque Ferraz, ex-agente penitenciário que ainda não foi localizado pela polícia. O flagrante ocorreu na Escola Estadual Onélia Campelo, no bairro Santos Dumont.
O Gecoc solicitou um mandado de busca e apreensão na residência do ex-agente penitenciário. O relatório do Serviço de Inteligência apontou que Euzir faria parte de uma organização criminosa de ilícitos praticados contra o patrimônio. No imóvel, a polícia apreendeu munições calibre 38 e 9mm, de uso restrito do Exército.
De acordo com a assessoria do MP, como o ato de organização criminosa não foi comprovado, o Gecoc encaminhou o caso da fraude à Polícia para abertura de inquérito.
As provas do concurso da Uncisal foram remarcadas pela organização após os alunos constatarem problemas no caderno de questões e no cartão de respostas. Segundo os candidatos, o número da prova não condizia com o de caderno de questões: provas do tipo 1 apresentavam o cartão do tipo 2.
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Em 2004, o professor foi preso também por ter sido flagrado numa tentativa de fraudar o concurso da Caixa Econômica. Ele participava de um esquema para passar o gabarito para alunos que faziam as provas através de ponto eletrônico.
