Acusados de aplicar golpes financeiros em Maceió, os africanos Adenka Kogko e Metahbel Armel foram presos na tarde desta segunda-feira (09), em um apartamento na Ponta Verde, por policiais civis da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic). A baiana Driele Barbosa, namorada de Adenka, também foi presa no local.

Em coletiva à imprensa, a delegada Sheila Carvalho, diretora da Deic, disse que os estrangeiros serão autuados por estelionato e associação criminosa. A princípio, Driele Barbosa será autuada apenas por associação criminosa.

No apartamento alugado pelos acusados, a polícia encontrou vários celulares, dinheiro, joias, notebooks, documentos falsos – entre passaportes e carteiras de identidade -, e folhas de papel ofício cortadas no tamanho de cédulas de real.

Sheila Carvalho disse que os africanos aplicavam o “Real branco”, uma versão do golpe conhecido como “Dólar preto”. A delegada exemplificou que eles conseguiam R$ 50 mil das vítimas com a promessa de duplicar o valor. “Eles entregavam uma nota verdadeira e fugiam depois de ganhar a confiança e o dinheiro da vítima. Eles não fabricavam dinheiro, vendiam a ideia da multiplicação”, explicou.

A polícia chegou aos acusados depois da denúncia do empresário José Maia, um dos alvos dos criminosos. Ele contou à reportagem do CadaMinuto que foi procurado há dez dias pela dupla, que se mostrou interessada em comprar um imóvel comercial anunciado na internet.

O empresário, que já havia estranhado do fato de eles não terem procurado uma imobiliária ou corretor de imóveis, ficou ainda mais desconfiado quando os africanos ofereceram o negócio que multiplicaria o dinheiro. José Maia procurou a polícia, que armou o flagrante.

A Deic ainda irá investigar se os nomes fornecidos pelos suspeitos é real. Também ainda não há informações sobre o número de vítimas ou o montante obtido com os golpes em Alagoas, onde os acusados estão há cerca de dez dias.