Patrick Ferreira Queiroz foi assassinado a sangue frio  às 15 horas, na quinta 15 de janeiro de 2015.

E há um silêncio sepulcral em relação à morte de Patrick.

Mais um.

 A morte do menino preto tem gosto de insignificância.

Patrick Ferreira Queiroz de 11 anos, morava no bairro da  Coroa Grande.

 Coroa Grande é um bairro situado na zona litorânea da cidade de Itaguaí, no  Rio de Janeiro.

Patrick é mais um menino preto morto na crescente desvalorização da vida.

A vida do povo preto no Brasil não tem importância.

- Deus não gosta da gente não, mãe? É a pergunta da menina alagoana ao presenciar o corpo morto do irmão, exposto a sanguinolenta curiosidade alheia.

Como tantos e muitos meninos pretos Patrick foi assassinado  pelas costas.

Pela polícia.

Sem condições dignas de vida e as agudas dificuldades de oportunidades  nossos meninos pretos já nascem no corredor da morte.

E, entrar ou não no tráfico, para ganhar quinhentos contos por dia, é a opção que oferece  o poder paralelo a meninos carcomidos pela fome e o desprezo da miséria.

Quando o Estado falta...

No dia do enterro de Patrick Ferreira Queiroz foi  cantado o "parabéns pra você". O menino faria  12 anos.

Fez?