A dona de casa Franciane Ferreira de Lima foi presa nesta sexta-feira (09), acusada de ser a autora intelectual de um atentado a bala contra o marido, o empresário José Rogério Pacheco Moreira, de 50 anos, ocorrido em junho do ano passado, em Arapiraca. A prisão mobilizou equipes da 4ª Delegacia Regional de Arapiraca, Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN) e dos 52º, 54º e 55º Distritos Policiais daquela cidade.

De acordo com as investigações comandadas pelo delegado Rômulo Andrade, do 52º DP, o empresário foi baleado no tórax e na cabeça com cinco disparos de arma de fogo no momento que chegava a sua residência, no Alto do Cruzeiro, por volta de meio-dia do dia 30 de junho. Apesar da gravidade dos ferimentos, a vítima conseguiu sobreviver, mas permanece sob cuidados médicos.

O autor dos tiros fugiu em um Celta, de cor branca, apreendido pela polícia em dezembro passado. A polícia descobriu que o veículo era dirigido por Danilo Albuquerque dos Santos, o Paulistinha, que cumpre pena no Presídio do Agreste por crime de roubo de motocicleta.

Outro envolvido, Valmir Ferreira da Silva - preso desde dezembro passado -, confessou a participação no crime e disse ter sido contratado por Franciane Ferreira de Lima, pela quantia de R$ 12 mil. Franciane também confessou o crime.

Um quarto acusado, Pedro César Borges, que teria sido o autor dos disparos, está foragido da justiça.

Segundo a investigação policial, o atentado teria sido motivado por conta de um relacionamento amoroso entre Franciane e um membro da igreja evangélica que a acusada frequentava. Rogério teria descoberto a traição e a esposa resolveu encomendar o assassinato do empresário, com quem tem duas filhas.

Ainda de acordo com a polícia, após a tentativa de homicídio a acusada continuou se encontrando com o amante, que também é casado. Até o momento não há indícios suficientes da participação do amante na tentativa de homicídio.

A investigação do crime durou cerca de cinco meses e o inquérito foi presidido pelo delegado Rômulo Andrade, com o apoio do então delegado regional de Arapiraca, Mário Jorge Barros.