Davi da Silva sumiu, aos 17 anos, em um dia de agosto de 2014, depois de uma abordagem policial e nunca mais deu notícias.
Davi da Silva mora no Benedito Bentes , em Maceió,AL, n’uma periferia com chão de giz que contorna corpos tombados pela flagrante ausência de políticas públicas.
Ser pobre, preto e periférico é combustível perfeito para acender a sanha da violência policial- como um dos braços armado do estado - que em sintonia com o racismo institucional se transforma em instrumento “corretivo” para a população mais vulnerável.
Davi da Silva aos 17 anos tem para os moldes do racismo brasileiro o perfil do individuo suspeito: preto, pobre e mora longe.
Para a polícia todo preto é suspeitíssimo!
Davi da Silva está sumido faz tempo. Desde então sua mãe anda em peregrinação, buscando ajuda para achar o filho, mas falta a solidariedade social.
Esse Davi sequestrado não tem direito a ação conjunta das polícias, viaturas com a luzinha vermelha acesa ou mesmo helicópteros sobrevoando os céus da Alagoas sangrenta, na busca de pistas.
O sequestro do Davi não comove muita gente, nem no facebook, nem na vida real.
E a pergunta continua sem resposta: Cadê Davi?