Um novo e inédito espaço para valorização da cultura alagoana e que abrirá espaço para a arte nacional e internacional. Assim será o moderno Complexo Cultural do Teatro Deodoro, que será inaugurado nesta terça-feira (16), às 18h30 e que terá como principais atividades, orquestra, ballet, exposições e principalmente as oficinas que serão oferecidas, principalmente para alunos da rede pública de ensino.
Antes mesmo de ser inaugurado, o complexo já apresenta uma exposição com obras de 74 artistas alagoanos. Na terça-feira haverá a inauguração oficial com a presença de autoridades e na quarta as primeiras atrações, um concerto comandado pelo maestro Daniel Bortholossi, consultor contratado para auxiliar no projeto e apresentação do Ballet Eliana Cavalcanti.
O maestro por sinal, enalteceu a iniciativa, mas apontou que o complexo não terá apenas a função de mostrar obras e atividades, mas principalmente de produção. “Aqui será um local de trabalho. Todas os ensaios neste sentido aconteciam no teatro, que nem sempre tinha disponibilidade. Então, os ensaios de orquestra serão aqui, aulas de ballet, de músicas, tudo será aqui e posteriormente apresentado no Teatro Deodoro. Aqui será um espaço vivo e de trabalho”, afirmou.
Toda a estrutura do novo complexo irá facilitar as ações no Teatro Deodoro. Isso porque, o principal palco da cultura alagoana receberá apenas os artistas e o público. Já o Complexo Cultural terá, além da galeria de arte, espaço para orquestra e ballet, salas de aula e também todo o trabalho administrativo da Diretoria de Teatros de Alagoas (Diteal). O espaço será aberto após três anos de obras, com recursos próprios do Estado de Alagoas e do Ministério da Cultura, que custaram R$ 7.286.095,21.
Segundo o presidente do Diteal, Juarez Gomes de Barros, a inauguração será a realização de um sonho coletivo. “Eu gosto da arte desde pequeno. Então, venho pensando nessa ideia e reforcei numa visita aos Estados Unidos, quando vi uma galera de arte toda de vidro, onde a população que passava ao redor, interagia com as pessoas que estavam em atividade. Aqui vamos fazer exatamente isso”, afirmou.
A estrutura sonhada foi justamente a aplicada. Quem passar na região da Praça Deodoro, no Centro de Maceió, poderá ver a galeria de arte, bem como o trabalho administrativo do complexo.
FUNCIONAMENTO
Com a obra entregue já no final do ano, as solenidades de abertura darão o tom nos últimos dias de 2014. Porém, em 2015 a ideia é que o complexo funcione em sua plenitude, tendo em vista que as aulas de ballet, bem como oficinas musicais e teatrais serão realizadas.
A princípio, serão 100 vagas disponíveis, para estudantes da rede pública de ensino. Este número pode aumentar, desde que a administração pública credencie mais profissionais para ensinar.No entanto, o setor privado poderá ser fundamental neste trabalho. Isso porque, parcerias estão sendo feitas com o Ministério da Cultura e também com empresas para que patrocinem a atividade.
Oficiais poderão levar o nome das empresas, desde que paguem pelos custos de professores e manutenção. Sendo assim, o Estado terá a sua responsabilidade com o complexo, mas poderá dividi-la com o empresariado.
Ainda este ano estão sendo feitos estudos para posteriormente apresentação do processo para aquisição de novos instrumentos que serão usados para as aulas de música e composição de uma orquestra.
FUTURO
Com o processo de transição do governo, existe ainda uma dúvida sobre os gestões da Diteal e do Complexo. O CadaMinuto questionou o Secretario Adjunto de Estado da Cultura, Álvaro Vasconcelos sobre a manutenção ou mudança da equipe.
“Infelizmente ainda não temos informações sobre esta questão. Estamos esperando alguns contatos, mas posso dizer que manter essa equipe à frente do Complexto e do Teatro, seria a melhor opção, porque seria a sequencia de um trabalho que ganhará corpo agora com essa inauguração. De qualquer forma, vamos aguardar”, afirmou.
Independente da mudança, o presidente do Diteal fez um apelo à nova administração. “Só pedimos para que não separem o complexo do teatro, com administrações diferentes, como se fossem coisas diferentes porque não são. O complexo nasceu justamente em função de uma necessidade do teatro e eles devem funcionar juntos. Caso contrário, irá tudo por água baixo”, finalizou Juarez.