Depois de provocar um grande debate sobre uma possível reviravolta no caso da morte da PM Izabelle Pereira, o adolescente que havia dito durante a reconstituição do crime que testemunhou os momentos depois do crime negou todas as informações à polícia. Em entrevista ao CadaMinuto nesta terça-feira (09), o delegado que conduz o inquérito, Lucimério Campos, disse que o adolescente afirmou ter apenas ouvido falar sobre os disparos.
Após a declaração feita no dia da simulação do crime, o adolescente foi procurado pela polícia e foi intimado a se apresentar à delegacia acompanhado de um responsável para esclarecer os fatos. Ao chegar na Delegacia de Homicídios acompanhada de sua mãe, ele negou ter presenciado qualquer cena no dia do acidente com Izabelle e disse que tudo o que declarou à imprensa foi fruto do que ouviu de colegas.
“Ele dispensou a segurança especial disponibilizada pela polícia e disse que não estava sendo ameaçado por ninguém. A mãe dele reforçou que procurou a polícia para esclarecer que o filho dela não testemunhou nada e que não queria ser assediada por ninguém por uma informação que eles não sabiam. Ele nos disse que ouviu os comentários e se aproveitou para ter um minuto de fama no dia da reconstituição”, disse o delegado.
Diante do recuo do depoimento que poderia mudar os rumos dados à investigação do caso, a polícia continua apurando a possibilidade de um disparo acidental ou possível ação humana para ter acionado o gatilho da arma que atingiu a soldado durante o serviço.
“A polícia conduz as investigações com base em provas técnicas, não em afirmações vazias. O adolescente não sustentou a afirmação e nada do que ele disse muda o que estamos apurando”, completou.