Durante a inauguração do Complexo de Delegacias Especializadas (Code), o delegado geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, comentou que é preciso ter muita cautela na divulgação de informações sobre a investigação das morte da PM Izabelle Pereira e do desaparecimento do jovem Davi da Silva para “não fabricar culpados”.
Os casos ganharam repercussão na sociedade e na imprensa por ambos terem sido alvos de questionamento por parte da ação da Polícia Militar. O desaparecimento do jovem de 17 anos completou uma marca negativa de 100 dias nesta quarta-feira (03). Em agosto, ele foi visto pela última vez sendo levado por uma equipe da Radiopatrulha, no bairro do Benedito Bentes.
O caso de Davi ganhou outro contorno, quando a mãe do jovem desaparecido, a dona de casa Maria José da Silva, 51 anos, foi vítima de uma bala perdida no Mercado da produção. Desde então, a família acredita em retaliação e pede que as autoridades desvendem o desaparecimento de Davi e apontem os responsáveis. Uma comissão foi designada para a investigação.
Sobre o caso da soldada Izabelle, Carlos Alberto Reis disse que a reprodução simulada feita pela Polícia Federal irá auxiliar bastante nas investigações comandadas pela Polícia Civil. Um fato novo também ganhou destaque sobre a morte da militar. Um rapaz que acompanhava a movimentação disse que o trajeto feito durante a reconstituição do caso não era o mesmo realizado pelos policiais que estavam na viatura no dia do acidente.
O homem comentou que na noite do acontecido estava na rua quando ouviu os tiros de metralhadora. No mesmo instante uma viatura passou por ele e um policial teria mostrado a arma para ele e seus amigos. O morador disse ainda que na hora que a viatura dobrou a esquina foram ouvidos os disparos, foi então que o motorista desceu para olhar na direção onde a policial estaria sentada, entrou no carro e saiu em alta velocidade.
O Complexo de Delegacias Especializadas
O Complexo de Delegacias Especializadas (Code), inaugurado nesta manhã, unirá no mesmo prédio as delegacias de Homicídios, Repressão ao Narcotráfico, Delegacia dos Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Decotap), Acidentes de Trânsito e Roubos. O espaço funcionará na antiga instalação do Já! - unidade Mangabeiras.
Para Carlos Alberto Reis, a localização do Code irá facilitar na execução dos trabalhos dos policiais e delegados por ser uma área centralizada. O complexo funcionará como a segunda Central de Flagrantes na capital alagoana, já que funcionará como posto de atendimento para a população e também para o turista.