Um revelação feita na tarde desta terça-feira (02) por um morador do Sítio São Jorge, onde está sendo realizada a reprodução simulada da morte da Policial Izabelle Pereira trouxe nova versão para o que possivelmente teria acontecido na noite da morte da militar.
Um rapaz que acompanhava a movimentação disse que o que os Policiais que estavam na viatura com a PM e que se encontram no local fazendo a reconstituição de cada passo acontecido no fatídico percurso seria falso.
O homem que preferiu não se identificar comentou que na noite do acontecido estava na rua quando ouviu os tiros de metralhadora. No mesmo instante uma viatura passou por ele e um policial teria mostrado a arma para ele e seus amigos.
O morador disse ainda que na hora que a viatura dobrou a esquina foram ouvidos os disparos, foi então que o motorista desceu para olhar na direção onde a policial estaria sentada, entrou no carro e saiu em alta velocidade.
O morador será ouvido pela polícia para prestar maiores esclarecimentos sobre o ocorrido naquela noite.
Cena do crime
Agentes da Polícia Federal e policiais militares deram inicio, na manhã de hoje à reconstituição do acidente que vitimou a soldado PM Izabelle Pereira. O principal objetivo da simulação é observar a dinâmica da arma que foi utilizada pela militar no dia do ocorrido.
A primeira parte dos trabalhos aconteceu no pátio da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá. Os peritos realizaram uma vistoria e colheram informações em uma viatura da Radiopatrulha.
De lá, o comboio seguiu para o bairro do São Jorge, onde realizaram a reconstituição da cena do acidente com Izabelle. Durante a realização dos trabalhos, os familiares da vítima criticaram as autoridades responsáveis pela investigação do caso. Ao longo de uma das principais avenidas do bairro, foram fixadas fotos de Izabelle, onde a família cobra justiça pelo caso.
O advogado dos familiares de Izabelle, Thiago Pinheiro, disse que a hipótese do disparo acidental já foi descartada e ele espera que a reconstituição do crime revele o que realmente aconteceu durante o percurso que vitimou a soldado.
O advogado dos militares defendeu a postura de seus clientes afirmando que a ação que fez a arma disparar não partiu dos militares que estavam com Izabelle na viatura. “Não foi uma ação humana que ocasionou o disparo da arma. A arma disparou sozinha”, contestou.
Já o superintendente da PF, Gabriel Omar Haj Mussi, disse à imprensa que a Polícia Federal irá realizar os trabalhos e espera contribuir para elucidar o caso.