Atualizado às 17h28.
A reconstituição da morte da soldado da Polícia Militar Izabelle Pereira está marcada para a próxima terça-feira, dia 02, a partir das 09 horas. A reprodução simulada será feita pela Polícia Federal e contará com a participação de seis peritos e cinco agentes. O anúncio sobre o procedimento foi feita, na tarde desta sexta-feira (28), durante uma entrevista coletiva na sede da PF.
“Vamos tentar reproduzir o que aconteceu na tentativa de reconstruir o fato”, disse o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Omar Gabriel Haj Mussi.
Os militares que estavam com Izabelle na viatura, quando ela morreu, irão participar da reprodução simulada. Segundo explicou Haj Mussi, cada PM participará, separadamente, da reconstituição.
“Nossos peritos vão simular com cada policial dentro da viatura isoladamente. Teremos a simulação com a viatura em movimento para que possamos reproduzir o que aconteceu quando a militar morreu”, afirmou o superintendente da PF.
O delegado Lucimério Campos, que conduz as investigações, o capitão Emeri, que está à frente do inquérito milititar sobre o caso, e Carlos Reis, diretor-geral da Polícia Civil, também participaram da coletiva.
"A viatura usada no dia da morte da Izabelle, bem como as armas dos policiais militares, serão usadas na reconstituição. Queremos com a reprodução simulada tirar algumas dúvidas. A versão dos PMs, que estavam na viatura, é de que eles não sabem como a arma disparou e isso precisamos saber", afirmou Lucimério.
Familiares
Os pais e uma tia de Izabelle acompanharam a coletiva. Bastante emocionados, eles cobram a elucidação do caso e acreditam que a participação da PF irá ser de fundamental importância para a conclusão das investigações.
"A gente acredita que a Polícia Federal vai contribuir muito para descobrirmos a verdade sobre a morte da minha filha", disse Cláudio Silva dos Santos, pai de Izabelle.
Cláudio questionou ainda, ao capitão Emeri, o porquê de a família de Izabelle ter sido avisada horas depois da morte da soldado. "Fiquei sabendo pelas redes sociais", disse.
O caso
Izabelle Pereira foi atingida por disparos de uma submetralhadora no dia 31 de agosto. A policial estava dentro de uma viatura da Rádio Patrulha, juntamente com outros três colegas, quando seguia para um chamado no bairro de São Jorge, e foi surpreendida pelos disparos.
A militar foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde não resistiu aos ferimentos.
As investigações sobre a morte de Izabelle estão sendo conduzidas pela Delegacia de Homicídios. A primeira versão, contestada pela família, é de que a arma disparou acidentalmente.
O laudo, confeccionado pela Perícia Oficial, concluiu que o gatilho da submetralhadora foi acionado.