O delegado Everton Gonçalves, da Delegacia de Homicídios, ouve na manhã desta quinta-feira (13) familiares e possíveis testemunhas da morte dos cinco jovens ocorrida após um suposto confronto com militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na última semana em Guaxuma. O advogado de uma das famílias cobrou solução do caso, pois eles não acreditam no envolvimento de um dos jovens com o crime organizado.
As oitivas do caso tiveram início por volta das 9 horas da manhã. Oito pessoas, entre familiares e algumas testemunhas, foram convocadas e ainda assustadas preferiram não falar com a imprensa. O advogado Thales Azevedo, que representa a família de Willames Torres, preferiu não fazer acusações sobre o fato, mas afirmou que a família disse desconhecer o envolvimento do jovem com o crime organizado.
“A família do Willames me contratou pois não acredita que ele possuísse envolvimento com crimes. Queremos e vamos brigas por soluções para este caso. A polícia terá que apontar o que de fato aconteceu naquele dia em Guaxuma”, disse.
O promotor Flávio Gomes da Costa também esteve na Delegacia de Homicídios para acompanhar os depoimentos. À imprensa ele afirmou que o Ministério Público continuará acompanhando o caso de perto.
A previsão é que os militares sejam ouvidos durante a tarde e o trabalho pode ser estendido até amanhã.
O Caso
Fabiano Silva da Rocha; Willames Torres da Silva, Fábio Teixeira de Lima, João Victor e um homem que não teve o nome divulgado foram mortos durante uma troca de tiros com policiais do Bope no último dia 04 no bairro de Guaxuma.
Segundo informações do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), o grupo iria assaltar uma residência que os proprietários guardavam R$ 200 mil. Segundo informou o Gecoc, durante cinco meses o Gecoc e o serviço de inteligência da Seds e da Polícia Militar investigaram a organização criminosa. O plano para assaltar a residência em Guaxuma foi articulado nesse mesmo tempo e, desde então, o MPE/AL e as polícias acompanhavam os passos dos bandidos.
O veículo Corsa Classic preto, placas MUZ 5746 e uma motocicleta CB 300 HJO 7466 foram interceptados pelos policiais quando houve a troca de tiros.
