Depois de se apresentar à Polícia Civil, o motorista do carro que atropelou e matou o adolescente Fabrício Jorge Cavalcante de Melo, na última segunda-feira (27), o servidor público José Wellington Pacheco, 45, só voltará a dirigir após decisão da Justiça.

Os documentos do motorista foram encontrados no interior do veículo, um Nissan March, que foi apreendido pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) na noite de ontem. Pouco tempo depois ele se apresentou à polícia na companhia de seus advogados.

Ele não falou com a imprensa que o aguardava no local. Um dos advogados, José Mário Soares, disse ao CadaMinuto que José Wellington não se apresentou antes porque estava bastante abalado com o que aconteceu e que estava sob efeito de sedativos. Ainda segundo o advogado, a versão apresentada pelo cliente é diferente do que vem sendo divulgado.

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Na manhã de hoje, peritos do Instituto de Criminalística realizaram a perícia no veículo na sede da Delegacia de Acidentes, localizada no bairro do Prado. Durante os trabalhos foram encontrados vestígios de pele humana e fios de cabelo presos ao para-brisa direito, mesmo lado que colidiu com o adolescente durante o acidente.

O material coletado servirá de base para o inquérito que apura o caso. O delegado Antônio Carlos Lessa disse ontem ao Cada Minuto que José Wellington seria liberado por não ter sido preso em flagrante, conforme determina a Lei. Ele poderá ser indiciado por homicídio culposo, que é quando não se tem a intenção de matar, de acordo com a conclusão das investigações. Algumas pessoas serão ouvidas pelo delegado.

O acidente aconteceu por volta das 18h, nas proximidades de um supermercado. Segundo testemunhas, Fabrício Jorge Cavalcante de Melo atravessava a avenida na faixa de pedestre quando foi atingido por um veículo que teria furado o sinal vermelho, atropelando e matando o menor.