Após mais de 40 dias da morte da soldado da Polícia Militar Izabelle Pereira, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) enviou, nesta quarta-feira (15), oficio ao Hospital Geral do Estado (HGE) cobrando os projéteis que atingiram a soldado. Também nesta tarde, a PC solicitou da Perícia Oficial do Estado a exumação do corpo de Izabelle.

Questionado sobre a demora para a solicitação dos projéteis, já que pode prejudicar o andamento das investigações do caso, o delegado responsável, Lucimério Campos, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil, não soube explicar as razões da solicitação ter sido feita só neste momento. O pedido do delegado acontece após os projéteis que atingiram Izabelle não terem sido localizados.

Sem os projéteis, a PC solicitou que o corpo da soldado fosse exumado para dar prosseguimento às investigações.

 

Perícia

O laudo pericial na submetralhadora que matou a soldado da Polícia Militar Izabelle Pereira constatou que o equipamento não disparou sozinho e que o gatilho foi acionado para que os tiros que vitimaram fatalmente a militar fossem disparados. O lado foi divulgado no dia 9 deste mês.

O perito Ricardo Leopoldo, responsável pelos testes, informou que foram feitos inúmeros testes, inclusive de queda em altura e movimentos bruscos e a arma não disparou. Segundo ele, durante os testes, a coronha da arma chegou a quebrar e não houve disparo.

Quando questionado se a única maneira de o gatilho ser acionado seria por ação humana, o perito explicou que os testes não podem determinar isso. 

Poucos dias após o crime, o pai da militar Cláudio Silva dos Santos havia indagado o perito responsável pelos testes na arma sobre a quantidade de projéteis que foi analisada. Durante a coletiva de apresentação do laudo pericial, Cláudio afirmou não ter dúvidas de que um dos militares que estavam na viatura apertou o gatilho da arma.

“Não tenho conclusão nenhuma, quem está dizendo é a Perícia. A arma estava custodiada por um militar chamado Jackson Lima. Ele e os outros militares estão omitindo algo, já que disseram que ninguém tocou na arma”, desabafou.

O caso

Izabelle Pereira foi atingida por disparos de uma submetralhadora no dia 31 de agosto. A policail estava dentro de uma viatura da RP, juntamente com outros três colegas, quando seguia para um chamado no bairro de São Jorge, em Maceió, e foi surpreendida pelos disparos. não são descartadas.

Levada às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE), a militar deu entrada em estado grave e foi direto para o centro cirúrgico onde passou por um procedimento para retirada das balas e sutura dos ferimentos. Ainda na chegada ao hospital, a paciente sofreu duas paradas cardíacas.