Ex-candidato ao Senado Federal pelo Partido Ecológico Nacional (PEN), o Coronel Brito se apresentou nesta terça-feira (07) para prestar depoimento sobre a agressão à médica Marta Celeste, registrado no último domingo (05) durante a realização das eleições. De acordo com a delegada Fabiana Leão, responsável pelo inquérito, o acusado afirmou que “respondeu a um insulto e se sente vítima” no caso, que agora será encaminhado à Polícia Federal. Além da agressão, ele também poderá responder por crime eleitoral.

Brito chegou à Delegacia da Mulher, no Centro de Maceió, por volta das 15h acompanhado do Coronel Goulart, ex-candidato ao governo do Estado, de assessores e advogados. O depoimento durou pouco mais de duas horas e o acusado deixou o local sem falar com a imprensa, limitando-se a informar que concederá entrevista coletiva amanhã (08), às 11h, no Hotel Enseada, Pajuçara. Assim que chegou Brito chegou para depor, um de seus assessores informou que ele não falaria, pois estava “sedado”.

Sobre o depoimento da médica, que foi ouvida pela manhã, a delegada afirmou que a vítima se disse surpresa pela reação de Brito. “Marta Celeste explicou que, no calor da emoção, ela e vários outros eleitores começaram a xingar, mas não identificaram no momento que a pessoa em questão era um candidato. Com os depoimentos, tenho elementos suficientes para encaminhar o processo à Polícia Federal, já que também houve uma tentativa de tumultuar a realização da eleição e isso pode ser considerado crime eleitoral”, disse Leão.

A delegada acrescentou que Brito responderá a procedimento criminal, por meio do inquérito instaurado pela Polícia Civil de Alagoas, e administrativo, já que uma sindicância também foi instaurada pela Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas. Questionada sobre a necessidade de ouvir os militares que acompanhavam o candidato no momento da agressão, Fabiana Leão disse que os depoimentos colhidos são suficientes para encaminhar o caso à PF. 

O CASO

O candidato ao Senado, Coronel Brito (PEN) se envolveu em uma discussão com a eleitora Maria Celeste Oliveira, na fila de votação na escola Padre Pinho, no bairro de Cruz das Almas. Em um vídeo gravado por um eleitor, durante o bate-boca, o militar deu um tapa no rosto de Maria Celeste e saiu tranquilamente na companhia de policiais da escola.