Após quase três meses acampados na Praça dos Martírios, os aprovados no concurso da Polícia Militar que integram a reserva técnica de 2012 decidiram, nesta segunda-feira (6), dar uma trégua e pôr fim ao acampamento que cobrava a convocação dos aprovados no certame.

De acordo com Sávio Lima, um dos integrantes da reserva, a decisão em desmontar o acampamento ocorre após o governador eleito, Renan Filho, sinalizar positivamente para a convocação. “Nós estamos na expectativa de que o governador eleito nos convoque na primeira oportunidade. Renan nos apresentou um projeto de segurança, que inclui a reserva técnica, e abraçou a causa. Nós estamos confiantes de nossa convocação”, disse.

O acampamento teve início no dia 15 e julho, após o atual governador Teotonio Vilela convocar apenas 39 aprovados. Hoje, a reserva técnica é composta por, aproximadamente, 750 pessoas.

Sávio destacou ainda que o acampamento foi a alternativa encontrada pelos reservistas para pressionar o governo. “O acampamento foi a maneira que nós encontramos para pressionar o governo e chamar a atenção da sociedade para os investimentos na segurança que a nossa convocação representa. Nós entendemos que o Estado tem de obedecer a lei de responsabilidade fiscal, mas também sabemos que existem formas de remanejar e reduzir recursos, como a redução de cargos comissionados”, destacou Sávio Lima.

Além de não terem sido convocados, integrantes da reserva técnica questionavam os gastos com a realização de exames admissionais, principalmente, porque corriam o risco de perder a validade. Outros aprovados chegaram, inclusive, a pedir demissão dos empregos para assumir a vaga.

À época do acampamento, Victor Cavalcante, um dos aprovados, afirmou que alguns pontos estabelecidos pelo edital do concurso também implica na eliminação dos candidatos, como é o caso da idade máxima de 30 para o ingresso na PM.

De acordo com o atual governo, a convocação dos aprovados não pôde ser realizada devido à Lei de Responsabilidade Fiscal.