O Rio Negro que nos foi apresentado tem a essência da pretitude que vai- gradativamente-desaguando em peles e consciências aqui e alhures.
O Rio Negro que transbordou Herança Africana – Intervenções Urbanas no Caminho do Porto. “Uma reverência a todos os africanos que por ali passaram - o lugar de desembarque no Brasil”. De 16 a18 de maio.
Intervenções urbanas,humanas,afetivas pelos caminhos da Zona Portuária. Partos de descobertas do porto, como espaços de valorização das manifestações culturais da população da região portuária.
Cortejo, oferenda e reverências como uma maneira de combate à reinvenção do racismo.
Esse Rio de Janeiro que nos foi apresentado pelo Centro Afro Carioca de Cinema e o Prêmio Porto Maravilha Cultural traz um projeto arrojado de reintegração de espaços , espalhando saberes e sabores da gastronomia afro-brasileira,em cada pedacinho de pedra, embolados com o maracatu, Ijexá, Jongo, Coco,Dança Tambor de Crioula,a música com a Negras Raízes ,o samba sambado de bom com o grande mestre, o músico Rubem Confete. Tudo isso seguindo as trilhas do Cais de Valongo, contador da cruel história da escravidão no porto do Rio de Janeiro.
A criação deste projeto foi a última realização do cineasta Zózimo Bulbul, falecido em janeiro de 2013, que sempre valorizou sua raízes africanas. Na primeira edição, desta mostra, em 2012, realizou um grande sonho: criou intervenções artísticas, urbanas e afro brasileiras, na Gamboa.
O Cais do Valongo é um Rio de pedra, que possui cerca de 350 metros de comprimento, vai da Rua Coelho e Castro até a Sacadura, e, é, lugar, no Rio de Janeiro, que estampa as cores e a capacidade de resiliência de nosso povo preto.
Um patrimônio cultural e imaterial, feito a Serra da Barriga, nas Alagoas de Zumbi.
O Rio da caça à história , da fartura dos saberes africanos, do sustento à luta.
O Rio que corre para as águas de Oxóssi nessa permanente vontade de cantar, de escrever, de pintar, de esculpir, de dançar, de plantar, de colher, de caçar, de viver com dinamismo e otimismo.
Rio preto de janeiro,o Instituto Raízes de Áfricas e o Plano Juventude Viva do estado quase-preto de Zumbi, Alagoas, representado pela jovem mulher negra, Fernanda Monteiro, agradecem a acolhida e a partilha/troca de experiências, conhecimentos de tant@s e muit@s.
Adúpé!