Rombo na PETROBRAS: por isso eles odeiam a privatização

09/04/2014 12:55 - Adrualdo Catão
Por Adrualdo Catão

Vejam essa reportagem do G1:

“Qual a polêmica em relação à compra da refinaria? A Petrobras teria desembolsado um valor muito alto pela usina, o que originou investigações no Brasil de evasão de divisas e de superfaturamento. A empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por toda a refinaria em 2005 e, um ano depois, a estatal brasileira gastou US$ 360 milhões para ter apenas 50% das ações (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). Além dessa diferença, o custo total que saiu do caixa da Petrobras ficou muito maior porque o contrato assinado por ambas contava com uma cláusula (chamada Put Option) que iria prejudicar ainda mais a estatal no futuro. Uma segunda cláusula, a Marlim, também foi motivo de desavença entre Astra e Petrobras”.

Esse é o resultado da crença antiliberal que o governo do PT e a covardia dos candidatos do PSDB ajudaram a fomentar. Como é que, ainda hoje, depois dos Correios e, agora, da PETROBRAS, ainda não reconhecemos que uma empresa estatal tende sempre à ineficiência e, portanto, sempre será um fardo para os pagadores de impostos.

É por isso que o governo do PT critica tanto a privatização. Eles precisam de estruturas complexas como a PETROBRAS para colocar seus aliados e usufruir do dinheiro que eles não produzem. Na verdade, ao fazer o que fez com a PETROBRAS, o PT só reforça o óbvio. Esse mercado precisa ser desregulado e a PETROBRAS, privatizada.

É muita ingenuidade achar que políticos, que não têm nenhuma responsabilidade por seus atos, que não precisam se preocupar com lucro, iriam fazer o “bem comum” com o dinheiro dos outros. Eles irão usar a estrutura estatal para a manutenção do poder e, assim, conseguir sugar o máximo possível de recursos do pagador de impostos!

As reformas ditas “neoliberais” feitas no Brasil foram muito fracas, pois ainda mantiveram o estado como responsável por amplas atividades previstas na constituição, como a Telefonia. Mas, ainda assim, conseguiram melhorar o acesso a vários produtos e serviços antes restritos às elites. O problema é que as reformas foram limitadas, pois não colocaram tais atividades no mercado livre e tiveram alcance pequeno, pois não atingiram atividades como a de combustíveis, energia elétrica e os Correios.

Ainda há muito o que fazer no Brasil. Reformas liberais são urgentes. Precisamos, de uma vez por todas, entender que não há distribuição sem produção. Somente num mercado livre e com mínima regulação estatal é que o empreendedor poderá criar riqueza e melhorar a vida de todos, produzindo os bens que tanto queremos. Riqueza não vem do nada...

Termino com a excelente citação de Thomas Sowell no livro “Os intelectuais e a sociedade”:

“A própria frase “distribuição de renda” é tendenciosa, pois ela começa a contar a história do processo econômico quando ele já se encontra em pleno funcionamento, contabilizando somente o montante da renda ou riqueza que já existe. (…) No mundo real, todavia, a situação é bem diferente. Numa economia de mercado, a maior parte das pessoas recebe renda a partir do que produz, fornecendo a outras pessoas bens ou serviços de que necessitam ou desejam, mesmo que esse serviço seja só trabalho. Cada beneficiário desses bens e serviços paga segundo um valor determinado em relação ao que é recebido, escolhendo entre fornecedores alternativos, a fim de encontrar a melhor combinação custo-benefício.”

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