Arrastaram o corpo da minha mulher como se ela fosse um saco.

17/03/2014 18:54 - Raízes da África
Por Arísia Barros

Por que a vida do povo preto está ficando sem valor.

Crimes raciais (Caso nº 6) 

O crime.

Agentes de repressão da Polícia Militar arrastam corpo de uma mulher negra, baleada pelas ruas da zona Norte do Rio de Janeiro.
A auxiliar de enfermagem Claudia Silva Ferreira, 38 anos, foi baleada durante uma troca de tiros entre PMs do 9º Batalhão e bandidos comuns do Morro da Congonha, em Madureira. Ela foi alvejada no pescoço e nas costas.
A selvageria policial foi além. Imagens filmadas por um cinegrafista amador e divulgadas pelo jornal Extra mostram o corpo de Cláudia preso a um camburão em movimento e sendo arrastado pela Estrada Intendente Magalhães. Ela teria sido posta no porta-malas aberto e seu corpo rolou ficando preso no para-choque.
Fontes afirmam que a trabalhadora foi socorrida ainda com vida e encaminhada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas acabou falecendo. 
Em declarações à imprensa o filho e o marido de Cláudia disseram:
- Quando saí minha mãe já estava jogada no chão, ensanguentada. Perguntei para os policiais o porquê de eles terem atirado na minha mãe. Eles não falaram nada.
- Arrastaram o corpo da minha mulher como se ela fosse um saco. A perna dela ficou toda em carne viva. Não podiam ter feito isso com ela... Ela era trabalhadora, não bandida. Não sei por que fizeram isso com ela.
Mais uma filha do povo, trabalhadora, assassinada de forma cruel e covarde pelas mãos do podre aparato repressivo do velho Estado brasileiro
 

Fonte: Facebook

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