Uma prancha do tamanho desejado e um remo. Basta isso para fazer parte de uma febre que ganhou o mundo e há alguns meses vem movimentando as tranqüilas águas das praias de Maceió. O “Stand Up Paddle” reúne milhares de praticantes e no feriado de carnaval também estará desfilando a beleza e tranquilidade desse esporte.
O SUP, como é conhecido o Stan Up Paddle é um esporte de origem havaiana, que consiste em remar em cima de uma grande prancha, com dimensões maiores do que a utilizada na prática do surf.
Em Maceió, esse esporte vem sendo praticado há quase dez anos, mas era pouco conhecido pelos alagoanos. Há alguns meses, o esporte “bombou” na capital, formando uma verdadeira tribo de praticantes e até novos empresários que ganham dinheiro com aluguel e venda de pranchas e remos.
Um dos mais apaixonados pelo esporte é o maceioense André Canavarro, que conheceu o esporte por ter viajado o mundo e morado nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Indonésia, onde trabalhou, estudou e conheceu esportes como o surf, o kite-surf e também o stand up paddle.
“Faço isso por paixão. Não tenho nenhum interesse comercial. Nas terças e quintas me reuno com a turma que gosta, seja iniciante ou veteranos, para curtir esse esporte físico, que além de ser tranquilo, exercita o corpo, como se fosse um dia de academia ou corrida na orla”, afirmou.
A turma liderada por Canavarro é conhecida como “Soul Sup Maceió”, que se reúne duas vezes por semana, das 06h00 às 07h00 da manhã, com o intuito apenas de se divertir. Porém, outros grupos se formam e possuem interesses comerciais, tanto para ensinar a prática, como para vender os equipamentos aos adeptos.
A reportagem apurou que nas fábricas locais e regionais as pranchas custam entre R$ 3 mil e 3.500 mil reais, enquanto as pranchas importadas chegam a casa dos R$ 7.500, que podem ser compradas por encomenda e até pena internet.
Em Maceió, durante o período de carnaval, o movimento na capital alagoana reduz de forma considerável, mas há quem prefira curtir a tranquilidade da cidade “vazia”, juntamente com a presença de turistas.
Sendo assim, mesmo sem confirmação oficial, algumas empresas da área estarão em atividade, principalmente na Pajuçara, próximo a área de lazer que fica fechada aos domingos. O local virou ponto de encontro dos praticantes.
Quem não estará em Maceió neste período também irá realizar suas remadas. A prova disso é a jornalista e empresária Fernanda Tognon, que vai viajar para São Miguel dos Milagres e conta sua experiência ao conhecer o SUP.
“Conheci há oito anos quando ninguém praticava, mas confesso que pelo baixo número de praticantes e as atribuições, não participei. Mas, ano passado, fui convidada a participar do grupo “Musas do SUP”, só para mulheres e me apaixonei. Hoje tenho a minha prancha e vou sozinha mesmo. Gosto da tranquilidade e da atividade física que o esporte me proporciona. Estou indo aproveitar o carnaval com a prancha na bagagem”, afirmou.
Quem estranha uma prancha grande na bagagem, se surpreende, uma vez que a prancha utilizada por Fernanda é inflável e dá praticamente a mesma consistência que a prancha de fibra e pode ser levada para qualquer lugar.