Mesmo com o final do ano se aproximando, o clima de festa continua sem atingir Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Alagoas. Nesta sexta-feira (27), a categoria terá uma nova reunião para discutir a proposta oferecida pelo governo, previamente negada e estudar um novo acordo que será encaminhado para o Governo do Estado.

Uma nova assembleia teve início às 10h00 da manhã desta sexta-feira, no Clube dos Oficiais no bairro do Trapiche da Barra e discutirá os próximos passos do movimento unificado que vem promovendo a “Operação Padrão” dos membros da segurança pública.

o major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), convocou a tropa para uma assembleia geral na sede da Associação, onde a contraproposta está sendo discutida e avaliada novamente.

“Pela proposta do governador, o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] teria o investimento de 3,8 milhões de reais,  e o realinhamento salarial 2,8 milhões com o percentual de aumento de 13 a 16%, dependendo da categoria, e podendo chegar a mais que isso”, explicou Fragoso.

Ainda segundo Fragoso, o Governo do Estado propôs que de abril de 2014 a março de 2015 serão investidos 14 milhões, diluídos mensalmente nos salários dos militares. “O governador também apresentou propostas de investimentos na estrutura da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, o que para a gente é fundamental. Nos preocupamos sim com melhores salários e condições de trabalho dignas para os nossos homens, mas também estamos pensando nos 3 milhões de alagoanos que precisam de mais segurança”, afirma o major.

Segundo o soldado Élsio Sarmento, a proposta do governo atendeu alguns requisitos, mas o prazo estipulado gerou descontentamento. “O governador entendeu a nossa luta e atendeu algumas reivindicações, como alimentação, salários e condições dignas. O problema é o prazo em que isso vai acontecer. Até 2015, a inflação pode ter consumido todo esse reajuste”, afirmou.

O militar membro do manifesto, se refere a proposta oferecida pelo Governo do Estado. De acordo com a assessoria, o governador teria concordado, com relação ao retroativo, com a proposta de disponibilizar mais R$ 14 milhões, sendo R$ 6 milhões em 2014, e mais R$ 8 milhões até março de 2015.

Vilela teria assegurado, ainda, um antigo pleito dos militares: o realinhamento de todas as faixas salariais em apenas duas, excetuando-se os soldados, que terão apenas uma faixa, com a garantia do repasse para os salários de R$ 2,8 milhões. Inicialmente, a proposta era de R$ 1,9 milhão.

 “Presido essa reunião com o sentimento de que nós estamos do mesmo lado, avançamos bastante. Queremos uma PM e um Corpo de Bombeiros profundamente motivados, preparados e equipados. Foi como tirar leite de pedra, mas conseguimos, e todos aqui nesta mesa estão de parabéns”, disse o governador.