O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (20), um relatório sobre estatísticas de Registro Civil que voltam a apontar dados negativos referentes a Alagoas. O estado aparece na terceira posição quando se fala em mortes violentas entre jovens no país.

As informações do IBGE são relativas ao ano de 2012 e mostram que em Alagoas jovens na faixa etária entre os 15 e 29 anos, somaram 77,7% dos óbitos entre os homens; já em relação às mulheres, esse percentual chega a 33,7%.  Os dados apontam que Alagoas só perde para os estados da Bahia, que apresentou 78,3%, e Sergipe, com 80,7%, que aparecem na liderança do ranking nacional.

De acordo com o instituto, a proporção de mortes violentas de homens vem caindo desde o início da década passada no Brasil. Em 2000, eram 15,8% do total de óbitos registrados e, em 2010, eram 3,7%. Nas regiões Norte e Nordeste, porém, houve aumento do percentual de óbitos masculinos.

As maiores proporções de óbitos violentos em 2010 foram registradas no Amapá (24,4%) e Alagoas (23,0%), no caso dos homens, e Mato Grosso (7,3%) e Maranhão (6,4%), para as mulheres.

No caso do Nordeste, o crescimento vem ocorrendo desde 2001, quando as mortes violentas de homens representavam 13,6% do total. Em 2010, era 16,4%, maior do que a taxa brasileira. No Norte, houve aumento entre 2009 (16,9%) e 2010 (17,8%). No Centro-Oeste, a mortalidade feminina também cresceu com relação a 2009.

O IBGE também calculou a proporção entre mortes masculinas por violência com relação às mortes femininas pelo mesmo motivo. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os estados com os maiores índices, ou seja, onde morrem muito mais homens do que mulheres. As menores relações estão no Amazonas, Acre e Maranhão, onde há uma violência elevada para ambos os sexos.

Segundo o IBGE, os números mostram que “a mortalidade violenta, particularmente entre os homens, ainda é elevada, apesar da tendência de início de declínio observado a partir de 2002”. “Os dados assinalam que o fenômeno da violência é bastante generalizado, envolvendo um número expressivo de áreas geográficas de todas as regiões brasileiras”, conclui o instituto.