Como foi acordado em assembleia realizada na ultima terça-feira (10), militares da Rádio Patrulha e do Batalhão de Policiamento Escolar paralisaram as suas atividades nesta quarta-feira (11) para reivindicar mais segurança no trabalho.

A principal reivindicação da categoria é presença de, no mínimo, três militares por viatura. De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major Wellington Fragoso, atualmente, as viaturas possuem apenas dois militares. “O ideal é que cada viatura possua, pelo menos, três homens. É um risco a segurança do militar trabalhar com apenas dois homens, já que um é o motorista e o outro fica sozinho, em caso de ocorrência” , explicou.

Fragoso destacou ainda que apesar de, inicialmente, apenas as unidades da Rádio Patrulha e do Batalhão Militar paralisar as atividades, todas os Grupamentos da Polícia Militar (GPMs), da capital e do interior, estão sendo orientados a suspender as atividades, caso não esteja atuando com o mínimo de militares exigido.

“A lei precisa ser cumprida. Nenhum militar deve pôr em risco a sua vida por um governo que não valoriza a categoria”, afirmou, ressaltando que a partir de segunda-feira (16) será iniciada a operação padrão, que determina o trabalho a partir do que é exigido por lei.

Ainda de acordo com Fragoso, a maioria dos municípios funciona apenas com dois PMs.

 A paralisação dos militares teve como principal motivação o assassinato do soldado Ivaldo Pereira, na cidade de Porto de Pedras,  na madrugada de segunda-feira (09). Criminosos, que haviam tentado arrombar um caixa eletrônico,foram até o Grupamento da Polícia Militar (GPM) de Porto de Pedras e fizeram Ivaldo, que estava de plantão no local, refém. Durante a invasão, a quadrilha roubou armas, coletes à prova de bala, computadores e outros objetos da unidade. Os bandidos deixaram o GPM, levaram Ivaldo e o executaram.