O capitão da Polícia Militar Eduardo Alex foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato do estudante universitário Johnny Wilter da Silva, ocorrido em julho de 2011. Além da pena, a ser cumprida em regime fechado, o oficial perderá a farda e terá que pagar uma indenização de R$ 50 mil à família da vítima.

O júri foi presidido pelo juiz Maurício Brêda e teve início na manhã desta terça-feira (03). O desfecho do julgamento aconteceu no final da tarde. O militar já havia sido condenado em 2011 por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). No entanto, o Ministério Público Estadual ingressou com um recurso na justiça para reverter a decisão, já que acreditava em homicídio doloso. 

Primeiro julgamento em 2011

O primeiro julgamento do capital Eduardo Alex da Silva aconteceu em julho de 2011. Na ocasião, o advogado de defesa do militar, Raimundo Palmeira, havia pedido para que o crime fosse classificado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Ao final do julgamento, por maioria dos votos, o conselho de sentença, formado por membros da sociedade desclassificou o crime de homicídio doloso, quando se tem a intenção de matar, para a modalidade culposa, entendendo que o acusado não desejava matar a vítima.

Inicialmente, o Capitão Eduardo Alex da Silva Lima foi condenado a cumprir uma pena de 2 anos e 8 meses de detenção, mas, em seguida, a pena foi substituída por uma pena de restrição de direito, em que o condenado deve prestar serviço à comunidade.

A morte de Johnny Wilter

Natural de União dos Palmares, Johnny Wilter da Silva Pino, que na época tinha 21 anos, cursava Geografia na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) quando foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo, disparado pelo capitão da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Eduardo Alex da Silva Lima. O disparo teria acontecido após o amigo de Johnny, Marcos Brandão, que pilotava a motocicleta, não parar em uma blitz.