O cantor de forró, Ivanilson Monteiro, acusado de assassinar a namorada Gilmara dos Santos Silva, 17, teve o pedido de relaxamento de prisão acatado pela Justiça de Alagoas, após seis meses presos pelo crime. O corpo da jovem, que estava gestante de três meses, foi encontrado no dia 16 de maio deste ano, às margens da rodovia da BR-104, em Messias, com um tiro na nuca.

Ivanilson estava no Presídio Cyridião Durval e terá que cumprir uma série de determinações, como utilizar tornozeleira de monitoramento eletrônico, ficar a uma distância mínima de 300 metros dos demais acusados e seus familiares, bem como da família da vítima. Ele também não pode se comunicar com os familiares da vítima ou outras testemunhas arroladas, seja por meio direto ou qualquer outro meio de comunicação.

Por e-mail, familiares de Gilmara afirmaram que temem que o cantor deixe o estado ou exerça algum tipo de influência no andamento do processo. Os outros envolvidos na morte da jovem, Aldigesy Deodato da Silva, conhecido como Pinto, Jomilto Santos Braga, vulgo Baiano, e Valdijânio Francisco da Silva continuam presos.

À época do crime, o delegado que comandou as investigações, Ronilson Medeiros, afirmou que Baiano  recebeu R$ 1.200 para cometer o assassinato. O acusado já responde criminalmente por tráfico de drogas, delito cometido na Bahia, onde cumpriu três meses no presídio do Estado. A intermediação da negociação foi feita por Valdijânio Francisco da Silva.

As investigações apontaram que o cantor queria que Gilmara abortasse a criança e como não teve a ordem atendida, decidiu executá-la.  A jovem foi atraída para uma armadilha, segundo o delegado. Ela saiu de casa na companhia do motorista Aldigesy Deodato e Jomilto Santos, para encontrar o namorado na cidade de Caruaru, em Pernambuco.

 No caminho, a jovem acabou sendo executada e deixada às margens da rodovia.  Aldigesy foi a pessoa que contratou o pistoleiro Jomilto a pedido de Ivanilson.