Um megaoperação com o objetivo de combater a pedofilia foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na madrugada desta terça-feira (19) em onze Estados, incluindo Alagoas. A investigação durou cerca de dois anos e resultou em oitenta e seis mandados de busca e apreensão e trinta de condução coercitiva, quando suspeitos são conduzidos para prestar depoimento na delegacia.Um suspeito foi detido em Alagoas.
Uma prisão preventiva foi decretada, além de ter sido autorizado o recolhimento de amostras biológicas de todos os acusados na ação denominada “Glasnot”, termo russo que significa transparência.
As ações ocorrem simultaneamente em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A Polícia Federal informou que grande parte dos acusados utilizavam um site russo para divulgar vídeos e fotografia de abusos contra bebês, crianças e adolescentes, por isso o nome “Glanost” foi escolhido para denominar a operação.
A megaoperação ainda conta com o apoio da Polícia Federal norte-americana e o FBI para que medidas semelhantes sejam aplicadas em suspeitos que moram nos Estados Unidos.
Entre os crimes que foram investigados pela PF há até o de um pai que abusava da filha de apenas cinco anos de idade, um Policial Militar, um oficial da Aeronáutica, vários professores e um chefe de grupo de escoteiros.
Em Alagoas
Segundo a coordenação local da PF em Alagoas, de responsabilidade do delegado Polybio Brandão, o conduzido de Alagoas não terá seu nome revelado. Em sua residência foram apreendidos computadores, mídias, pen drives, bem como telefones celulares que serão analisados.
O suspeito foi coercitivamente encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Alagoas para prestar esclarecimentos. Livros que ensinam como “hackear” computadores e de desenhos infantis destinados ao público adulto também foram apreendidos, além de vasto material de pornografia adulta.
Ainda segundo a PF, na análise do material apreendido foram encontradas imagens de pornografia infantil, caracterizando o delito de armazenamento de imagens de pornografia infantil. Dessa forma, a pessoa que detinha essas imagens foi presa em flagrante. Se não for encontrado outro crime no material apreendido, será arbitrada a fiança pelo delegado. Encontrado outro crime, a fiança ficará a cargo do Judiciário.
Mais informações serão repassadas no final do dia.
*Com informações do G1 Paraná e Assessoria