Desde que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas foi afastada por decisão judicial, há um rebuliço na Casa de Tavares Bastos para se eleger o futuro comando do parlamento. A eleição estava marcada para o dia 12 de novembro, mas não ocorreu por falta de consenso. Um dos candidatos que se mostra com força para assumir o comando da Casa é o deputado estadual Jeferson Morais (Democratas).

Morais tem articulado para montar uma chapa em conjunto com o PMDB. Para o partido de Olavo Calheiros (PMDB) ficaria a primeira secretaria. Uma forma de tentar atrair os votos da oposição. O problema é que a Mesa Diretora foi retirada do comando da Casa por suspeita de malversação dos recursos, ao se pagar – como mostrou a movimentação financeira divulgada pelo deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade) – vários repasses para os comissionados.

Estes comissionados chegaram a compor uma chamada “lista de ouro”, formada por agraciados que chegaram a receber mais de 100 repasses por mês. Alguns totalizando grandes somas durante o ano. Entre estes nomes, estão servidores comissionados ligados ao deputado estadual Jeferson Morais.

Alguns nomes ligados ao deputado do Democratas chegaram a receber 38 repasses em um ano, totalizando a soma de mais de R$ 184 mil. Cinco servidores receberam mais de 35 repasses em um ano (2011).  O CadaMinuto Press buscou conversar com Morais sobre o assunto.

Morais: “Eu já sabia que fariam isto comigo. Faz parte de uma estratégia porque sou candidato”

Ele abriu a entrevista com nossa equipe de reportagem afirmando já saber do que se tratava. “Sou nos bastidores que fariam isto comigo. Faz parte de uma estratégia porque sou candidato à presidência da Casa. Iriam colocar essas informações de forma deturpada para a imprensa, mas não há ilegalidade nenhuma em meu gabinete. Estes servidores não receberam repasses a mais. Eles receberam gratificação. Todos eles trabalham”, salientou.

Confira a reportagem completa no CadaMinuto Press que já está nas bancas