Uma equipe do Instituto Médico Legal realizou o exame de corpo de delito no menor M.A.F.S., de 10 anos, vítima de estupro no bairro de Fernão Velho. O objetivo da antecipação da analise ainda no hospital foi garantir a existência da prova técnica para que ela não se perdesse com o tempo.
Responsável pelo exame, a médica legista Maria Quitéria Wanderley Rocha, foi pessoalmente até dependências da UTI pediátrica do Hospital de Urgência e Emergência da Capital, local onde a vítima permanece internada em estado grave. O corpo de delito foi uma solicitação da delegada Barbara Arraes da delegacia dos Crimes contra as Crianças e Adolescentes da Capital.
Segundo Luiz Mansur, diretor do IML de Maceió, a realização imediata desse tipo de exame é necessária para obter uma coleta eficiente de vestígios tanto na vítima como no acusado. Ele explicou que as amostras do material recolhido são cruzadas para se comprovar tecnicamente que houve o estupro contra vulnerável, mesmo o acusado sendo preso em flagrante, por isso a importância do exame.
“Neste exame especifico, a médica conseguiu encontrar e recolher na vítima, vestígios suficientes de material suspeito do acusado. Essas amostras foram colocadas em duas suabs e uma gaze médica que serão encaminhadas ainda hoje, para o Laboratório de DNA Forense da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)”, explicou Mansur.
O material encontrado pela médica legista será confrontado no laboratório com a amostra genética fornecida pelo acusado, João Felipe de Andrade Vasconcelos Pessoa, de 24 anos, preso em flagrante depois de cometer o crime. Segundo testemunhas ele teria arrastado, praticado o abuso e tentado matar o menor com pedradas na cabeça.