A presidente Dilma acertou com o seu vice, Michel Temer (PMDB), encontros separados com membros do PMDB que têm entrado em atrito com o PT nos Estados nas montagens das chapas regionais para as eleições em 2014.
Maior aliado do PT, o PMDB pressiona o Planalto e a cúpula petista a intervir em alguns Estados, principalmente no Rio e no Ceará.
Dilma já recebeu os senadores peemedebistas Eduardo Braga, que deve disputar o governo do Amazonas, e Jader Barbalho, que quer o apoio do PT para a candidatura de seu filho Helder Barbalho ao governo do Pará.
A presidente ainda vai falar com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e com os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Vital do Rêgo (PMDB-PB). Cabral cobra apoio ao nome de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mas o PT insiste na candidatura do senador Lindbergh Farias.
Rebelião
No Ceará, Eunício busca o apoio do PT, mas o partido tende a caminhar com o candidato a ser escolhido pelos irmãos Cid Gomes, governador do Estado, e Ciro Gomes, que trocaram o PSB pelo recém-criado Pros para manter o apoio à reeleição de Dilma.
Na Paraíba, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), e o ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital (PMDB), irmão do senador Vital do Rêgo, disputam o apoio da presidente.
Em Alagoas, o PT ensaiou pressionar o senador Renan Calheiros para definir sua candidatura ao governo e ameaçou apoiar o senador Benedito de Lira(PP), em caso de ser lançado o deputado federal Renan Filho. O palanque da Dilma já se encontra definido: é com o PMDB e a decisão é do presidente do Senado.
O deputado federal Paulão já entendeu o recado: andou liberando na imprensa que o PT alagoano deve marchar com Renan. No entanto, o jornalista Adelmo dos Santos, seu assessor especial anda plantando notas na imprensa querendo colocar Renan no canto da parede.
A presidente Dilma e o ex-presidente Lula vem Alagoas na eleição para o palanque do PMDB.
Nas ondas da cisão surfam
Na Bahia, o PMDB de Geddel Vieira Lima não fecha com o PT de Jacques Vagner; no Ceará, Eunicio de Oliveira estaria se aliando ao tucano Tasso Jereissati; no Rio, Lindenberg e Sérgio Cabral nem conversam mais; em São Paulo, está mais próximo de Alckmin e mais distante de Alexandre Padilha; e em Pernambuco Jarbas Vasconcelos virou aliado de Eduardo Campos.
Nas ondas da cisão surfam Filipelli no Distrito Federal e Paulo Hartung no Espírito Santo. O primeiro picado pela mosca azul; o segundo porque não lhe resta outra saída.
No Maranhão, os Sarney estão apreensivos e, no Rio Grande do Sul, o senador Pedro Simon já está se preparando para encerrar sua longa trajetória política por um motivo muito simples: a aliança com o PT é inviável.
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