Não é de hoje que a população tem acompanhado com apreensão a escalada da violência que toma conta de cada metro quadrado do nosso Estado. Isso é fato, mas que, embora não sirva de consolo, não é um problema exclusivo de Alagoas, haja vista que o tráfico de drogas responde pelo maior número de assassinatos e latrocínios. A população jovem e viciada está sendo dizimada por dívidas com o tráfico, e os que sobrevivem estão andando no fio da navalha, tendo que praticar crimes para sobreviver. A expressão “violência” virou coloquial, até porque ela é genérica e pode ser utilizada pra definir uma série de ações praticadas em desacordo com a paz, com a harmonia, com a legalidade, e contra a vida.

Certamente o que a sociedade acompanha atenta mesmo é o governo do Estado ser diariamente criticado nas tribunas do legislativo, por “falta de políticas públicas” voltadas para a segurança, em pronunciamentos que não passam de discursos vazios, que não ecoam em lugar nenhum a não ser nos redutos eleitorais. Mas, como é mesmo que nascem as políticas públicas? Não seria talvez através de leis que podem surgir a partir de projetos, tanto do executivo, quanto do legislativo?

Claro que o legislativo exerce o seu papel constitucional fiscalizador, e que as críticas ao executivo certamente também fazem parte do processo democrático, mas esse papel não pode ficar restrito a apenas isso. Nesse caso, se os deputados acusam tanto o governo do Estado de incompetência, bradam aos quaro cantos que a segurança faliu, porque os deputados, ao invés de ficar fazendo proselitismo político, utilizando a tribuna como palanque, repetindo os números da violência, enfatizando os crimes ocorridos em suas cidades ou redutos eleitorais, não dizem para a sociedade qual é mesmo a proposta que eles têm para minimizar ou até mesmo acabar com a violência? Porque agem como se não tivessem nada a ver com as “políticas públicas” de segurança?

O espaço do blog está aberto aos representantes do legislativo para, caso queiram, informarem os projetos que apresentaram ou que pretendam apresentar nesse sentido, que os mesmos serão divulgados aqui com os devidos créditos.

Até outra!

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