O capitão da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Eduardo Alex da Silva Lima, acusado da morte do estudante universitário Johnny Wilter da Silva Pino, em maio de 2008, vai a novo júri pelo crime na manhã desta quinta-feira (10), no bairro do Barro Duro. O julgamento será presidido pelo juiz da 7ª Vara Criminal, Maurício Brêda.
Em julho de 2011, em julgamento também presidido por Brêda, o advogado de defesa do militar, Raimundo Palmeira, havia pedido para que o crime fosse classificado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Ao final do Julgamento, por maioria dos votos, o conselho de sentença, formado por membros da sociedade desclassificou o crime de homicídio doloso, quando se tem a intenção de matar, para a modalidade culposa, entendendo que o acusado não desejava matar a vítima.
Inicialmente, o Capitão Eduardo Alex da Silva Lima foi condenado a cumprir uma pena de 2 anos e 8 meses de detenção, mas, em seguida, a pena foi substituída por uma pena de restrição de direito, em que o condenado deve prestar serviço à comunidade.
O caso
Natural de União dos Palmares, Johnny Wilter da Silva Pino, que na época tinha 21 anos, cursava geografia na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) quando foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo, disparado pelo capitão da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Eduardo Alex da Silva Lima. O disparo teria acontecido após o amigo de Johnny, Marcos Brandão, que pilotava a motocicleta, não parar em uma blitz.
O furo do bloqueio policial por Marcos Brandão teria acontecido porque ele não estava habilitado para pilotar a motocicleta. Na versão do capitão Eduardo Alex, os disparos ocorreram porque os ocupantes da moto efetuaram um disparo em direção à guarnição da PM enquanto empreendiam fuga do local.