Matéria do Fantástico sobre ALE é 'café requentado'. Ninguém quer tomar!

29/09/2013 22:38 - Paulo Chancey
Por Paulo Chanccey
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A matéria exibida no programa Fantástico, da Rede Globo sobre os escândalos de desvios de dinheiro na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas não passa de “café requentado”.

O mesmo escândalo já havia sido alvo, em 2012,  de matéria jocosa pelos repórteres-comediantes do programa CQC (Custe o Que Custar), exibido pela Rede Bandeirantes de Televisão, voltando agora em matéria do Fantástico, com alguns ingredientes a mais, como já dizia o saudoso Abelardo Barbosa, o Chacrinha, o velho guerreiro, em televisão nada se cria, tudo se copia.

A bem da verdade, o escândalo em questão não é uma matéria difícil de se fazer, e nem é exclusividade de ninguém. Basta se dirigir à sede do poder legislativo a qualquer tempo que sempre haverá assunto para boas manchetes negativas.

Ali os escândalos parecem procriar, onde parece existir um verdadeiro arsenal de artimanhas, marmotas e espertalhices com o propósito de beneficiar a alguns deputados e seus asseclas. A começar pelos desvios na folha de pagamento, e que originou a chamada “Operação taturana” que, diga-se de passagem, até hoje, prestes a completar seis anos, não puniu efetivamente ninguém, passando pelas polêmicas escolhas de deputados para os cargos de conselheiros do Tribunal de Contas, onde o ex-deputado Cícero Amélio, mesmo indiciado na Operação Taturana pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, ainda assim assumiu o cargo de conselheiro e é o atual presidente, sob protestos e indignação de autoridades e da população, mas contando com o corporativismo da própria ALE, com a omissão dos demais conselheiros do TCE e do Ministério Público Federal, e ainda com a postura de “Pilatos” adotada pelo governador Teotônio Vilela Filho ao nomea-lo, conforme foi amplamente divulgado na imprensa. (http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=158951).

A “moral da história” é que a matéria do Fantástico não acrescentou nada de novo à casa que desonra o nome de Tavares Bastos. Enquanto isso, os deputados continuam articulando as novas composições políticas para definir quem fica e quem sai em 2014, sim,porque, mesmo sabendo que quem vota é o povo, quem decide os eleitos são eles. É um, ciclo vicioso que o gigante, que só vive dormindo, não muda nunca.

 

Até outra!

 

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