A Associação das Praças da Polícia e Bombeiros Militares de Alagoas (Aspra/AL) estuda por meio de base jurídica protocolar um pedido de intervenção federal na segurança pública diante do caos instalado no Estado.

O presidente da entidade, cabo Wagner Simas, diz que a equipe jurídica da Associação esteja debruçada em um estudo com base legal, para que esta solicitação seja feita o mais rápido possível. “Com base na lei queremos responsabilizar o governo do Estado pelas mortes de militares, policiais civis e agora também de vigilantes em Alagoas”.

“O Estado está à beira de um abismo, restando apenas um sopro. Não podemos ficar esperando sermos as próximas vítimas. Alagoas está entregue as traças. Não temos o que comemorar após um ano do Programa Brasil Mais Seguro, o ministro da Justiça Eduardo Cardozo e a secretária Nacional de Segurança, Regina Miki, estão aqui com que objetivo, fazendo o que?”, indagou Simas.

“Saúde, educação e segurança pública devem andar de forma harmônica, políticas públicas estão deixando de ser implementadas em um governo que está a sete anos no poder, em seu segundo mandato, e nada foi feito”, mencionou.

E ainda complementou: “É em Alagoas, onde estão os jovens que mais matam, e que mais morrem, são as vítimas de violência urbana. Há sete anos, estes jovens eram crianças que estavam sem estudar por conta das escolas estarem fechadas para reforma, e ociosas foram recrutadas pelo crime”.

Segundo o presidente da Aspra, atualmente o efetivo da Polícia Militar é de 5.700 na ativa, destes apenas três mil estão nas ruas no policiamento preventivo e ostensivo. Seriam necessários, de acordo com estudos, mais de 13.500 policiais militares no Estado.

Protesto

No próximo dia 10 de outubro, o Movimento Unificado das Entidades Militares prepara um protesto contra a violência e o descaso do governo. A concentração será na Praça da Assembleia Legislativa, no Centro de Maceió, às 15h.